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Inteligência artificial gera textos e desafia identificação humana e robótica

Instituições brasileiras debatem a ética e a eficácia da inteligência artificial na educação, buscando diretrizes para sua utilização.

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O uso de inteligência artificial (IA) na educação tem gerado debates sobre a distinção entre conteúdo humano e gerado por máquinas. Recentemente, professores e instituições no Brasil têm buscado adaptar suas práticas, promovendo discussões sobre a ética e eficácia dessas ferramentas.

Adriano Machado, professor de Ciência da Computação da UFMG, compartilhou uma experiência pessoal ao utilizar o ChatGPT para escrever uma carta romântica para sua esposa, Maira Pereira. Ele buscava um texto mais poético e, após ajustar as respostas geradas pela IA, obteve um resultado que agradou sua esposa. No entanto, Maira percebeu a diferença e questionou a origem do texto. Essa situação ilustra os desafios enfrentados por educadores em identificar a autoria do conteúdo.

Machado destaca que a evolução dos modelos de IA torna difícil distinguir entre o que é gerado por humanos e máquinas. Embora existam ferramentas que prometem identificar textos gerados por IA, a precisão é limitada. A professora de sociolinguística da UFS, Raquel Freitag, afirma que a constante evolução das tecnologias dificulta a detecção, tornando o cenário "nebuloso".

Desafios na Educação

A preocupação central de educadores é garantir que os alunos aprendam efetivamente. Machado enfatiza que, se usados corretamente, os recursos de IA podem otimizar o tempo dos alunos. Contudo, o ato de refinar respostas geradas pela IA pode dificultar a identificação de sua origem. Um teste realizado pela BBC News Brasil mostrou que a detecção de textos gerados por IA varia conforme a solicitação feita à ferramenta.

Freitag ressalta que a educação deve se adaptar a essa nova realidade, reconhecendo que o uso de IA já é comum. A professora Adriana Pagano, da UFMG, observa um aumento no uso de travessões em textos, o que pode ser um indício da influência da IA. No entanto, a simples presença de certos elementos não é suficiente para determinar a autoria.

Diretrizes e Futuro da IA na Educação

Instituições de ensino estão discutindo diretrizes para a incorporação da IA. Na UFMG, a Comissão Permanente de IA foi criada para debater o uso ético da tecnologia. O presidente da comissão, Ricardo Fabrino Mendonça, destaca a importância da transparência no uso de IA em trabalhos acadêmicos.

Leonardo Tomazeli Duarte, da Unicamp, acredita que o desafio será educar uma geração de "nativos LLM", que cresceram com essas tecnologias. Ele já integra o uso de IA em sala de aula, solicitando que os alunos expliquem como utilizaram a ferramenta. A discussão sobre o impacto da IA na educação é global, refletindo a necessidade de adaptação às novas realidades tecnológicas.

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