14 de jul 2025
Governo avança em acordo do IOF e recua na tributação de risco sacado
Governo e Congresso buscam acordo sobre o decreto do IOF, mas mantêm a polêmica taxação sobre planos VGBL.

Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, com os presidentes da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), em evento no Banco Central (Foto: Pedro Ladeira-02.abr.25/Folhapress)
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O governo federal e o Congresso avançaram nas negociações sobre o decreto do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) nesta segunda-feira, 14. O Ministério da Fazenda deve apresentar uma nova proposta na audiência de conciliação marcada para esta terça-feira, 15h. A proposta inclui um recuo na tributação sobre o risco sacado, mas mantém a taxação sobre os planos de previdência na modalidade VGBL (Vida Gerador de Benefício Livre).
A expectativa é que essa mudança ajude a resolver o impasse e evite que o Supremo Tribunal Federal (STF) intervenha na disputa entre os Poderes. A audiência contará apenas com advogados, que defenderão as prerrogativas de cada Poder. O governo deve acolher sugestões dos deputados para abrir mão da parte mais polêmica do decreto, facilitando um entendimento.
O risco sacado é uma operação onde o fornecedor recebe pagamento à vista de uma instituição financeira, com a dívida sendo quitada posteriormente pela compradora. O governo Lula decidiu taxar essa operação com uma alíquota fixa de 0,95%, mas após pressão do Congresso, recuou para uma cobrança diária de 0,0082%. Mesmo assim, o Legislativo considera essa cobrança ilegal e já aprovou um projeto para suspendê-la.
Manutenção da Taxação sobre VGBL
O governo, por outro lado, pretende manter a taxação de 5% sobre aportes anuais em planos de previdência VGBL, que incidirá sobre valores acima de R$ 300 mil em 2025 e R$ 600 mil a partir de 2026. O setor de previdência expressou preocupações sobre a falta de preparação para essa nova cobrança.
A Fazenda argumenta que a taxação é necessária para corrigir distorções no setor e igualar a tributação sobre cartões internacionais. O acordo em negociação visa validar o decreto sobre operações que já eram tributadas, mas retirar a cobrança sobre novas operações. Apesar das divergências, o governo não pretende recuar na taxação do VGBL, pelo menos por enquanto.


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