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20 de jul 2025

Investigadores alertam sobre a degradação silenciosa dos bosques devido ao clima

Estudo revela que a seca devastou 10% das florestas da Catalunha, comprometendo a biodiversidade e os serviços ambientais da região.

Árvores mortas pela seca nas montanhas de Prades em Tarragona (Catalunha), em uma imagem cedida por CREAF. Galdric Mossoll (Foto: CREAF.Galdric Mossoll)

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Recentes estudos revelam que a seca severa e as altas temperaturas impactaram 10% da superfície florestal da Catalunha entre 2012 e 2023. Este fenômeno resultou em defoliamento e morte de árvores, afetando gravemente a biodiversidade e os serviços ambientais da região.

Os primeiros sinais de estresse nas árvores incluem a mudança de cor e a defolição, que ocorrem quando as plantas fecham os estômatos para conservar água. A situação se agrava com a morte de árvores, um processo que pode levar anos para ser confirmado. O biólogo Josep Maria Espelta, do Centro de Pesquisa Ecológica e Aplicações Florestais (CREAF), destaca que cerca de 120.000 hectares foram afetados, uma área equivalente à queimada em 40 anos na Catalunha.

A rede de monitoramento do Ministério para a Transição Ecológica, parte do programa ICP-Forest, tem mostrado que a maioria das espécies arbóreas apresenta defolições leves, mas um número significativo apresenta perda de folhas superior a 25%. As principais causas desse declínio são a seca e a infestação de insetos. O relatório de 2024 indica um aumento no deterioro das florestas, refletindo a crescente intensidade das secas.

Impactos e Iniciativas

Embora a seca tenha um impacto silencioso, sua gravidade é reconhecida por especialistas. Mireia Banqué, também do CREAF, observa que muitos pinos que pareciam moribundos não conseguiram se recuperar após as chuvas, enquanto algumas espécies de frondosas mostraram sinais de melhora. No entanto, as coníferas, como os pinos, não conseguem brotar novamente após a defolição.

A Red Española de Seguimiento del Decaimiento Forestal, criada recentemente, busca unir esforços de especialistas para entender melhor a degradação florestal. A professora Paloma Ruiz, coordenadora da rede, ressalta a dificuldade de avaliar a relação entre a degradação das florestas e fatores climáticos, mas estudos recentes mostram uma diminuição na produtividade florestal devido ao aquecimento global.

Para mitigar os efeitos da seca, Espelta sugere aumentar a gestão florestal, reduzindo a densidade de árvores e substituindo espécies que não se adaptam mais às novas condições climáticas. A adaptação das florestas é crucial para garantir a continuidade dos serviços ambientais que elas oferecem.

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