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04 de ago 2025

Corpo humano deve ser prioridade para salvar vidas em ondas de calor

Cerca de 110 mil mortes por calor na Europa destacam a urgência de novas estratégias de avaliação de riscos à saúde até 2050

Uma pessoa na Califórnia se molha durante uma onda de calor em 2024. (Foto: Etienne Laurent/AFP via Getty)

Uma pessoa na Califórnia se molha durante uma onda de calor em 2024. (Foto: Etienne Laurent/AFP via Getty)

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Cerca de 110 mil mortes relacionadas ao calor foram registradas na Europa entre os verões de 2022 e 2023, um número alarmante que equivale a um acidente aéreo com um avião lotado ocorrendo diariamente por 16 semanas. As consequências do calor extremo vão além das fatalidades, afetando a saúde mental e física da população, aumentando a violência e prejudicando o aprendizado das crianças nas escolas.

As projeções indicam que, sem adaptações adequadas, as mortes relacionadas ao calor podem aumentar em 3,7 vezes até 2050, caso as temperaturas globais subam 2 °C em relação aos níveis pré-industriais. Em 2024, a média global já superou 1,5 °C, acendendo um alerta sobre a urgência de medidas eficazes.

Novas Abordagens para Avaliação de Risco

Atualmente, a maioria dos sistemas de alerta sobre riscos à saúde relacionados ao calor utiliza apenas a temperatura do ar como parâmetro. No entanto, essa abordagem ignora fatores cruciais, como radiação, umidade e velocidade do vento, que influenciam a capacidade do corpo humano de se resfriar. Pesquisadores estão desenvolvendo modelos que integram dados fisiológicos e meteorológicos para calcular o risco individual de saúde em situações de calor extremo.

Um exemplo é a ferramenta HeatWatch, que permite aos usuários criar perfis pessoais com informações sobre idade, condições de saúde e acesso a ar-condicionado. A partir disso, a plataforma fornece previsões de risco de saúde e recomendações personalizadas para enfrentar o calor.

Impactos Econômicos e Sociais

Além das consequências diretas à saúde, o estresse térmico no ambiente de trabalho pode custar à economia global cerca de US$ 2,4 trilhões por ano em perda de produtividade até 2030. A falta de dados precisos sobre mortes e doenças relacionadas ao calor limita a eficácia das medidas de prevenção e a capacidade de resposta das autoridades.

A implementação de soluções como áreas verdes e sombra nas cidades é essencial, mas deve ser avaliada com foco na proteção das pessoas, e não apenas na redução da temperatura do ambiente. A adaptação às altas temperaturas requer uma abordagem mais holística, que considere as características individuais e as condições ambientais para proteger a saúde da população.

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