Nave chinesa para missão lunar é testada com sucesso pela primeira vez
China avança em sua missão lunar com teste do módulo Lanyue, visando levar astronautas à Lua até 2030 e intensificar a corrida espacial

Foto: Reprodução
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A China testou com sucesso, nesta quarta-feira (6), o módulo de pouso lunar Lanyue, que será utilizado para levar astronautas à Lua até 2030. O teste ocorreu em um local na província de Hebei, projetado para simular a superfície lunar, com um terreno especialmente revestido para imitar a refletividade do solo lunar.
O programa China Manned Space (CMS) destacou que o teste envolveu múltiplas condições operacionais e alta complexidade técnica, representando um marco no desenvolvimento do programa de exploração lunar tripulada. O Lanyue, que significa "abraçar a Lua" em mandarim, terá funções essenciais, como transportar astronautas entre a órbita lunar e a superfície, além de servir como espaço habitável e centro de dados após a alunissagem.
Esse avanço ocorre em um contexto de crescente competição espacial, com os Estados Unidos buscando conter os rápidos progressos da China. A NASA planeja enviar astronautas em uma missão ao redor da Lua em abril de 2026, com a Artemis 3 programada para maio de 2027, visando o primeiro pouso lunar tripulado do século 21.
A China já se destacou em suas missões não tripuladas, sendo a única nação a recuperar amostras tanto do lado próximo quanto do lado afastado da Lua. A mais recente, a Chang'e 6, coletou amostras na cratera Apollo no ano passado. Um pouso tripulado bem-sucedido até 2030 poderia acelerar os planos da China de construir uma Estação Internacional de Pesquisa Lunar até 2035, em parceria com a Rússia, que incluiria um reator nuclear na superfície lunar.
A Roscosmos, agência espacial russa, confirmou que o reator deve ser construído até 2035, enquanto os Estados Unidos também planejam um reator no satélite. O administrador interino da NASA, Sean Duffy, enfatizou a necessidade de acelerar esses esforços, alertando que a construção de um reator pela China e Rússia antes dos EUA poderia resultar em uma zona de exclusão que limitaria as ações americanas na Lua.
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