17 de jul 2025
Coca-Cola pode adotar açúcar da cana com proposta de Trump e apoio do Brasil
Trump propõe troca de xarope de milho por açúcar de cana na Coca Cola, enquanto tarifa de 50% sobre açúcar brasileiro pode elevar preços.

Trump quer que Coca-cola volte a ter açúcar de cana nos EUA (Foto: Jens Mahnke/Pexels)
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Donald Trump anunciou uma proposta polêmica para a Coca-Cola, sugerindo a substituição do xarope de milho por açúcar de cana em suas bebidas nos Estados Unidos. A mudança, parte da campanha “Make America Healthy Again”, visa promover uma versão mais saudável do refrigerante. No entanto, a ideia gerou reações adversas na indústria do milho, que teme impactos econômicos significativos.
Recentemente, Trump também implementou um tarifaço de 50% sobre produtos importados do Brasil, afetando diretamente o açúcar e outros alimentos. Essa medida pode encarecer a Coca-Cola e prejudicar a competitividade do açúcar brasileiro, que é o segundo maior fornecedor desse produto para os EUA, atrás apenas do México. Especialistas alertam que a combinação das mudanças pode resultar em um aumento nos preços do refrigerante.
A Coca-Cola, que atualmente utiliza xarope de milho devido ao seu custo mais baixo, ainda não confirmou oficialmente a alteração na fórmula. A empresa expressou gratidão pelo entusiasmo de Trump e prometeu novidades em breve. Analistas do setor, como Ron Sterk, destacam que a troca de adoçantes pode acarretar custos adicionais, incluindo a necessidade de reformulação de rótulos.
Impactos Econômicos
A tarifa de Trump, prevista para entrar em vigor em agosto, pode tornar o açúcar importado significativamente mais caro. O analista Carlos Cogo, da Cogo Inteligência em Agronegócios, afirmou que essa decisão prejudica a competitividade do açúcar brasileiro em relação a outros fornecedores, como México e União Europeia. Atualmente, os EUA produzem cerca de 3,6 milhões de toneladas de açúcar de cana por ano, enquanto a produção de xarope de milho chega a 7,3 milhões de toneladas.
Além disso, o Brasil pode redirecionar suas exportações para mercados como China e Indonésia, que são grandes importadores de açúcar. Marcelo Di Bonifacio Filho, da StoneX Brasil, ressaltou que o país tem alternativas para escoar sua produção, especialmente para regiões que demandam açúcar refinado.
A proposta de Trump, se concretizada, poderá intensificar a disputa entre os lobbies do milho e do açúcar, refletindo as complexidades do setor agrícola americano e suas interações com o comércio internacional.


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