Iguatemi, Allos e Multiplan apresentam resultados do 2T e expectativas para o futuro
XP Investimentos projeta crescimento de 12% na receita do setor de shoppings no Brasil, apesar das pressões financeiras das taxas de juros.

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A XP Investimentos prevê um segundo trimestre de 2025 (2T25) robusto para o setor de shoppings no Brasil, destacando empresas como Allos (ALOS3), Iguatemi (IGTI11) e Multiplan (MULT3). A corretora aponta que o crescimento nas vendas e a recuperação das margens operacionais são os principais motores desse desempenho.
Os dados de abril mostram que Multiplan e Allos já registraram crescimento de vendas superior a 10%, com uma taxa média de ocupação de 96,5%, comparada a 95,8% no mesmo período do ano anterior. A XP estima um aumento médio de 12% na receita das empresas analisadas, impulsionado por receitas complementares, como vendas de imóveis e serviços.
Entretanto, a pressão das altas taxas de juros pode impactar negativamente as margens de FFO (fluxo de capital operacional). A Allos deve ser a principal protagonista, com uma expectativa de crescimento de 2,1 pontos percentuais na margem Ebitda, devido ao controle de custos e menor alavancagem.
Expectativas do Setor
O Santander também projeta um desempenho positivo para os shoppings, com vendas em crescimento de dois dígitos, beneficiadas pelo feriado da Páscoa. A instituição acredita que a combinação do retorno gradual da inflação e o aumento da ocupação fortalecerão as receitas de aluguel, embora as taxas de juros elevadas possam pressionar os resultados líquidos.
O Bank of America (BofA) compartilha uma visão otimista, prevendo um crescimento no aluguel por metro quadrado e vendas resilientes. O banco destaca que os custos de ocupação devem continuar em queda, seguindo a tendência de 2024, e considera o setor atrativo, com valuations interessantes.
Desempenho das Empresas
Para a Multiplan, o Santander espera uma receita líquida de R$ 604,7 milhões, um aumento de 13,3% em relação ao ano anterior, impulsionada por reajustes inflacionários e novas inaugurações. No entanto, o AFFO por ação pode recuar 4,9% devido à maior alavancagem.
A Allos, por sua vez, deve apresentar um crescimento de 5,9% na receita líquida, mas o AFFO estimado deve cair 5,5% devido a despesas financeiras mais altas. O BofA mantém recomendação de compra para ambas as empresas, com preços-alvo de R$ 30 para a Allos e R$ 32 para a Multiplan, refletindo um cenário de crescimento robusto, apesar dos desafios financeiros.
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