Embraer evita tarifa de 40% de Trump com investimento estratégico nos EUA
Embraer enfrenta prejuízo e busca reverter tarifas de 10% dos EUA, que impactam severamente suas operações e receitas futuras

Planta da Embraer em São José dos Campos (SP); empresa tem déficit comercial com EUA (Foto: Embraer/Divulgação)
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A Embraer registrou um prejuízo de R$ 53 milhões no segundo trimestre de 2023, revertendo um lucro de R$ 415,7 milhões no mesmo período do ano anterior. A empresa enfrenta o impacto das tarifas de 10% impostas pelos Estados Unidos, que começaram a vigorar em abril. O presidente da Embraer, Francisco Gomes Neto, destacou que a tarifa resultou em uma perda de US$ 13 milhões até agora.
A fabricante de aeronaves continua buscando a redução das tarifas, enfatizando sua importância para a economia americana. Gomes Neto mencionou que a Embraer deve importar US$ 21 bilhões em peças dos EUA nos próximos cinco anos, enquanto as exportações para o país devem totalizar US$ 13 bilhões, resultando em um déficit comercial de US$ 8 bilhões.
Impacto das Tarifas
A tarifa de 10% já afeta as operações da Embraer, e a aplicação de uma tarifa adicional de 40% poderia ter consequências devastadoras. Gomes Neto alertou que essa alíquota poderia resultar em um impacto financeiro de R$ 50 milhões por avião, totalizando cerca de R$ 2 bilhões em receitas até 2025. Ele classificou a tarifa de 50% como um "embargo" que inviabilizaria as operações da empresa nos EUA.
Apesar das dificuldades, a Embraer manteve sua previsão de faturamento entre US$ 7 bilhões e US$ 7,5 bilhões para o ano. A receita no segundo trimestre alcançou R$ 10,3 bilhões, um aumento de 30,9% em relação ao ano anterior, com uma carteira de pedidos de US$ 29,7 bilhões.
Negociações e Futuro
A Embraer está em negociações com o governo brasileiro e autoridades dos EUA para reverter a tarifa. A empresa planeja investir US$ 500 milhões nos EUA nos próximos anos, o que deve gerar 2.500 novos empregos. Além disso, a possibilidade de montar o KC-390 nos EUA está sendo considerada, caso a Força Aérea americana opte pela aeronave.
Gomes Neto reafirmou a defesa pela volta à política de tarifa zero, que foi a norma por mais de 45 anos. A Embraer continua a trabalhar em estratégias para mitigar os efeitos das tarifas e garantir sua posição no mercado americano, que depende fortemente de suas aeronaves.
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