Suíça utiliza diplomacia e enfrenta tarifa de 39% em relação aos EUA
Suíça busca acordo em Washington para evitar perdas de até 1% do PIB com tarifas de 39% sobre exportações para os EUA

Tarifa de 39% pode custar até 1% do PIB do país, que tenta oferecer mais vantagens ao governo americano na esperança de uma negociação. (Foto: Robert Hradil/Gett/Robert Hradil)
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A Suíça enfrenta uma crise econômica significativa após a imposição de tarifas de 39% sobre suas exportações para os Estados Unidos, com início previsto para 7 de agosto. Em resposta, líderes suíços, incluindo a presidente Karin Keller-Sutter, estão em Washington negociando a redução dessas tarifas, que afetam especialmente o setor farmacêutico, crucial para a economia do país.
O governo americano, por sua vez, exige que a Suíça aumente suas compras de produtos de energia e defesa, como gás natural liquefeito. A situação é alarmante, pois a tarifa elevada pode resultar em uma perda de até 1% do PIB suíço, impactando diretamente a indústria farmacêutica, que já enfrenta desafios devido à possibilidade de uma tarifa adicional de 25%.
Impacto Econômico
O déficit comercial dos EUA com a Suíça atingiu 38,3 bilhões de dólares em 2022, enquanto o país europeu registrou um superávit de 29,7 bilhões de dólares em serviços. A economia suíça, que já apresentava crescimento modesto de 0,5% no primeiro trimestre de 2025, pode sofrer um impacto ainda maior se as tarifas forem implementadas. Especialistas alertam que a situação pode reduzir o crescimento econômico em até 2%.
Além das tarifas, a valorização do franco suíço, que subiu 11% em relação ao dólar, complica ainda mais o cenário. A alta da moeda pressiona a inflação e levou o Banco Nacional Suíço a reduzir a taxa de juros para 0%. Os exportadores enfrentam um "triplo golpe": tarifas elevadas, uma moeda forte e desvantagens competitivas em relação a países vizinhos.
Negociações em Andamento
As negociações em Washington são vistas como uma tentativa urgente de evitar um impacto severo na economia suíça. A presidente Keller-Sutter e o ministro da Economia, Guy Parmelin, buscam um acordo que possa mitigar os efeitos das tarifas. A Suíça pode seguir o exemplo da União Europeia, que recentemente firmou um acordo com os EUA para tarifas de 15%.
Embora o governo suíço não planeje retaliar, há pressão interna para reconsiderar acordos existentes, como o dos F-35. A nova tarifa pode afetar setores importantes, como relojoaria e chocolate, colocando em risco dezenas de milhares de empregos no país. A comunidade empresarial suíça apoia os esforços do governo para resolver a disputa tarifária, destacando a importância de manter relações comerciais saudáveis com os EUA.
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