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06 de ago 2025

EUA impõem tarifas à Argentina em meio a tensões políticas com Milei e Trump

Argentina enfrenta aumento de tarifas de exportação para os EUA, enquanto negociações buscam isenção para produtos essenciais do comércio bilateral

Milei e Trump: presidente argentino anunciou que já cumpriu 9 dos 16 requisitos necessários para tarifas recíprocas mais favoráveis (Foto: HANDOUT/Argentinian Presidency/AFP)

Milei e Trump: presidente argentino anunciou que já cumpriu 9 dos 16 requisitos necessários para tarifas recíprocas mais favoráveis (Foto: HANDOUT/Argentinian Presidency/AFP)

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O governo dos Estados Unidos, sob a liderança de Donald Trump, implementou tarifas comerciais que impactam diretamente a Argentina e o Brasil. A partir de 6 de setembro, a Argentina enfrenta uma tarifa de 10% sobre suas exportações para os EUA, um aumento significativo em relação à taxa anterior de aproximadamente 3%. Para o Brasil, a situação é ainda mais severa, com tarifas de 50%.

O presidente argentino, Javier Milei, busca mitigar os efeitos dessa medida através de negociações bilaterais. Entre os produtos mais afetados estão carne bovina, produtos agrícolas, aço e alumínio, que podem sofrer aumentos de custo, comprometendo a competitividade das empresas argentinas. Além disso, setores como vidro e químicos também enfrentam desafios adicionais.

Negociações em Andamento

Milei já cumpriu 9 dos 16 requisitos necessários para obter tarifas recíprocas mais favoráveis, incluindo reformas legislativas. O governo argentino está em discussões para isentar até 150 produtos das tarifas, o que beneficiaria cerca de 80% das exportações argentinas para os EUA. Essas negociações são essenciais para estabilizar os setores mais impactados e garantir a competitividade da Argentina no comércio global.

Analistas do JPMorgan destacam que a flexibilidade nas tarifas e a possibilidade de um acordo de livre comércio com os EUA são fundamentais para evitar uma desaceleração no comércio bilateral. A redução das tarifas é vista como uma medida crucial para preservar empregos e proteger setores-chave da economia argentina.

Desafios e Expectativas

Apesar da relação pessoal entre Milei e Trump, que se alinha em várias questões econômicas, os benefícios econômicos concretos para a Argentina ainda são incertos. Marcelo J. García, da consultoria Engage, ressalta que a expectativa é alta, mas é necessário que o governo argentino apresente resultados tangíveis em termos de comércio e atração de capital.

A política protecionista de Trump complica a criação de um ambiente favorável para os exportadores argentinos. A abertura dos EUA para negociações comerciais depende de concessões e ajustes nas políticas internas da Argentina, o que torna a situação ainda mais desafiadora.

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