Lula defende mudança de discurso da esquerda para conquistar maioria no Congresso

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) reafirmou seu compromisso com a educação superior durante o 60º Congresso da União Nacional dos Estudantes (Conune), realizado na Universidade Federal de Goiás (UFG) nesta quinta-feira (17). Lula criticou as elites brasileiras e destacou a necessidade de ampliar o acesso à educação para negros e indígenas. "Quando terminar meu mandato em 2026, teremos mais institutos federais espalhados pelo país", afirmou.

O evento, que ocorre de 16 a 20 de julho, homenageou as vítimas de um trágico acidente que resultou na morte de cinco pessoas, incluindo três estudantes que se dirigiam ao congresso. As vítimas foram identificadas e seus nomes foram exibidos em um telão durante a cerimônia. Lula expressou solidariedade às famílias e amigos dos falecidos, ressaltando a importância do apoio à comunidade universitária.

Discussões sobre Impostos e Soberania

Durante o congresso, ministros do governo Lula discutiram propostas de isenção de impostos para os mais pobres e taxação dos ricos. A defesa da soberania brasileira também foi um tema central, com estudantes manifestando apoio à causa e entoando gritos contra figuras políticas como Donald Trump e Jair Bolsonaro. O auditório recebeu cerca de 3.000 participantes, e a expectativa é que mais de 10 mil estudantes compareçam ao evento.

O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), não participou do evento, apesar de seu partido integrar a base de apoio ao governo. Caiado é conhecido por seu apoio a Jair Bolsonaro e por suas declarações sobre a anistia aos envolvidos nos eventos de 8 de janeiro.

Atmosfera do Evento

A atmosfera no Conune foi marcada por um forte sentimento de união entre os estudantes, que demonstraram apoio à soberania da América Latina. Ministros como Rui Costa (Casa Civil) e Camilo Santana (Educação) reforçaram a importância da educação e da justiça social, enquanto do lado de fora do auditório ocorreram relatos de confrontos entre participantes do congresso e apoiadores de Bolsonaro. A mobilização estudantil reflete um momento de intensa discussão sobre o futuro do Brasil e a necessidade de inclusão social.