Conflito na Assembleia de Madrid após tentativa de Vox de convocar Pedro Sánchez para comissão

O Partido Popular (PP) e Vox se enfrentaram na Assembleia de Madrid em relação à convocação do presidente do Governo, Pedro Sánchez, para uma sessão da comissão que investiga supostas irregularidades envolvendo sua esposa, Begoña Gómez, na Universidade Complutense de Madrid (UCM). A mesa da comissão, dominada pelo PP, rejeitou a solicitação de Vox, alegando que a data estava reservada para empresários, o que impediu a convocação de Sánchez. Assim, o PP terá a única oportunidade de convocá-lo para o dia 19 de fevereiro, embora a presença do presidente não seja obrigatória.

Vox expressou descontentamento, afirmando que o PP cedeu à pressão do governo e, segundo uma fonte do partido, isso representa um "balão de oxigênio" para Sánchez em um momento crítico da legislatura. A formação de extrema direita continuará a solicitar a ampliação da comissão até conseguir a convocação do presidente. No entanto, um político com conhecimento da situação defendeu que a escolha de convocados deve seguir critérios específicos, e que, naquele momento, era apropriado chamar empresários.

O sistema de convocação é baseado no peso parlamentar de cada partido, e a mesa da comissão considerou que a solicitação de Vox para convocar Sánchez como empresário era inadequada. A possibilidade de que tanto o presidente quanto seus subordinados compareçam à Assembleia é considerada baixa, já que, em ocasiões anteriores, representantes do governo se recusaram a comparecer a câmaras regionais, alegando que devem prestar contas apenas ao Congresso e ao Senado.

As investigações se concentram na relação profissional de Gómez com a UCM, que começou em 2012 e terminou em 2024, quando a universidade cancelou a cátedra e o máster que ela ministrava. O PP busca esclarecer a relação de Gómez com o reitor, Joaquín Goyache, e os critérios que permitiram sua nomeação, apesar de não ter titulação superior. Durante sua apresentação, Goyache refutou as acusações, afirmando que tudo foi legal e que não houve pressão ou favorecimento por parte de Sánchez.