União Europeia e Israel ampliam ajuda humanitária e reabrem rotas para Gaza

A União Europeia (UE) e Israel firmaram um acordo que visa aumentar a ajuda humanitária em Gaza, intensamente afetada desde o ataque do Hamas em 7 de outubro de 2023. O pacto permitirá a entrada de mais caminhões com suprimentos e a reabertura de rotas de ajuda, conforme anunciado pela chefe da diplomacia europeia, Kaja Kallas.

O acordo, que deve ser implementado nos próximos dias, prevê um aumento substancial no número de caminhões que entrarão na região, além da reabertura de pontos de passagem nas fronteiras norte e sul de Gaza. A distribuição de alimentos será facilitada por panificadoras e cozinhas públicas, e o fornecimento de combustível para instalações humanitárias será reativado.

Medidas de Segurança

A UE enfatizou que as medidas devem garantir que a ajuda chegue diretamente à população e não seja desviada para o Hamas. Kallas destacou que o diálogo entre a UE e Israel foi crucial para a melhoria da situação humanitária em Gaza. O acordo também inclui a proteção dos trabalhadores humanitários e a reparação de infraestruturas essenciais, como as plantas de dessalinização de água.

Enquanto isso, as negociações para uma tregua de 60 dias entre Israel e o Hamas continuam. Um funcionário israelense afirmou que um acordo não deve ser esperado imediatamente, mas pode ocorrer em uma ou duas semanas. A expectativa é que, durante esse período, Israel possa negociar um alto-falante permanente, que exigiria o desarme do Hamas.

Situação Atual em Gaza

A situação em Gaza permanece crítica, com recentes ataques israelenses resultando em 22 mortes, incluindo 10 crianças e três mulheres que aguardavam a distribuição de alimentos. O exército israelense continua suas operações na região, enquanto a comunidade internacional observa com preocupação a escalada do conflito.

A UE também está avaliando possíveis sanções ao Estado israelense em resposta a violações de direitos humanos em Gaza. Durante uma reunião dos ministros de Relações Exteriores da UE, a possibilidade de sanções individuais e restrições comerciais será discutida, embora a suspensão total do Acordo de Associação com Israel seja considerada improvável.