Juíza suspende demissões em massa na CFPB enquanto investiga possíveis ilegalidades

Uma juíza federal suspendeu as demissões de cerca de 1.500 funcionários do Consumer Financial Protection Bureau (CFPB), agência de proteção ao consumidor dos Estados Unidos. A decisão ocorreu após questionamentos sobre o cumprimento de ordens judiciais anteriores.

A suspensão foi determinada pela juíza Amy Berman Jackson, que marcou uma audiência para 28 de abril. O objetivo é avaliar se as demissões violam determinações que impedem o desmantelamento da agência, criada após a crise financeira de 2008.

O CFPB, alvo da administração Trump, teve sua atuação questionada por republicanos, que desejam sua extinção. A agência foi liderada por Elizabeth Warren, atual senadora democrata por Massachusetts, em sua criação.

De acordo com Mark Paoletta, diretor jurídico do CFPB, a reestruturação visa alinhar a agência às novas prioridades da gestão. Ele afirma que a atuação anterior do CFPB extrapolou os limites da lei e promoveu investigações excessivas.

Declarações de funcionários, submetidas anonimamente, revelam que um membro do Departamento de Eficiência do Governo, ligado a Elon Musk, teria pressionado funcionários a trabalhar por 36 horas seguidas para enviar os avisos de demissão.

Ainda conforme as declarações, preocupações com o descumprimento da ordem judicial foram ignoradas pela liderança, que priorizou o cumprimento das metas de corte de pessoal. A agência planeja focar em conciliação, correção e reparação de danos aos consumidores, além de investigar fraudes e concentrar esforços nos maiores bancos.