25 de mai 2025
Propostas de redes sociais públicas buscam alternativas às plataformas dominantes
Propostas de redes sociais públicas na Europa buscam alternativas às grandes corporações, mas levantam preocupações sobre privacidade e controle estatal.
Foto:Reprodução
Ouvir a notícia:
Propostas de redes sociais públicas buscam alternativas às plataformas dominantes
Ouvir a notícia
Propostas de redes sociais públicas buscam alternativas às plataformas dominantes - Propostas de redes sociais públicas buscam alternativas às plataformas dominantes
As redes sociais enfrentam um período crítico em sua imagem pública, com críticas crescentes desde dois mil e dezesseis. Acusações de violação de privacidade, falhas na moderação de conteúdo e práticas monopolistas têm sido recorrentes. As plataformas, que se apresentavam como espaços de debate, agora priorizam lucros em detrimento da segurança dos usuários.
Recentemente, propostas na Europa sugerem a criação de redes sociais públicas, com apoio de líderes políticos. O primeiro-ministro da Espanha, Pedro Sánchez, defendeu o desenvolvimento de navegadores e redes sociais que utilizem protocolos transparentes. A ideia é oferecer alternativas descentralizadas, independentes das grandes corporações.
O professor James Muldoon, da Essex Business School, argumenta que governos devem proporcionar espaços neutros e moderados para discussões políticas e sociais. Essa abordagem visa garantir pluralidade nas plataformas e reduzir a dependência de bilionários. No entanto, há preocupações sobre a politicização dessas redes, com receios de vigilância estatal.
A ativista Marta G. Franco destaca a necessidade de espaços digitais que operem com valores diferentes dos das empresas. Ela sugere que o estado colabore com redes sociais descentralizadas, respeitando a liberdade do usuário. A proposta é que essas plataformas sejam menores e mais focadas em interações significativas, ao invés de grandes redes que buscam audiência massiva.
A legislação na União Europeia tem avançado, mas ainda se concentra na regulação das plataformas existentes, ignorando o suporte a alternativas. Se a UE decidir financiar projetos independentes, isso pode resultar em redes sociais mais diversificadas e menos suscetíveis a abusos. A urgência em recuperar a independência digital é enfatizada por Cory Doctorow, que alerta para os desafios dessa tarefa.
Perguntas Relacionadas
Comentários
Os comentários não representam a opinião do Portal Tela;
a responsabilidade é do autor da mensagem.