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16 de jul 2025

Chefes milionários enfrentam desafios e têm mandatos cada vez mais curtos

Executivos optam por cargos únicos em vez de liderar várias empresas, refletindo mudanças nas expectativas do mercado e na pressão do cargo.

Ilustração de um executivo em seu lujoso despacho (1957). Muito tem mudado desde que a ideia generalizada do grande mandatário de uma empresa era esta. (Foto: GraphicaArtis/Getty Images)

Ilustração de um executivo em seu lujoso despacho (1957). Muito tem mudado desde que a ideia generalizada do grande mandatário de uma empresa era esta. (Foto: GraphicaArtis/Getty Images)

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O modelo de CEO em série, que dominou o cenário corporativo nas últimas décadas, está em declínio. A pressão e os riscos associados à função têm levado muitos executivos a optarem por cargos únicos, refletindo uma mudança nas expectativas do mercado.

Historicamente, os CEOs em série eram conhecidos por sua capacidade de liderar transformações em diversas empresas, saltando de uma organização a outra em busca de desafios. No entanto, segundo a jornalista Anjili Raval, esse modelo se tornou obsoleto, especialmente nos Estados Unidos. A nova tendência é o chamado "one and done", onde os executivos preferem se estabelecer em uma única empresa, evitando a pressão constante e a exposição midiática.

Dados recentes da Russell Reynolds Associates mostram que, em 2024, 85% dos novos CEOs eram profissionais que assumiam o cargo pela primeira vez. O período médio de permanência no cargo caiu para pouco mais de três anos, e cerca de um terço dos executivos que deixaram suas posições não pretendem assumir um novo cargo similar.

Mudanças nas Expectativas

A crescente complexidade do ambiente empresarial e a necessidade de um conhecimento específico têm contribuído para essa mudança. Christine Barton, especialista em gestão, destaca que as curvas de aprendizado são cada vez mais acentuadas, tornando difícil para um CEO em série se adaptar rapidamente a diferentes setores.

Além disso, a pressão para que os CEOs sejam figuras públicas carismáticas e acessíveis tem aumentado. Laura Sanderson, da Russell Reynolds, aponta que essa nova expectativa pode prejudicar a qualidade de vida dos executivos. O caso do assassinato de Brian Thompson, ex-CEO da UnitedHealthcare, ilustra os riscos físicos e reputacionais que esses líderes enfrentam.

A Nova Realidade dos Executivos

Diante desse cenário, muitas empresas estão optando por promover talentos internos em vez de buscar CEOs em série. Essa estratégia, antes vista como arriscada, agora é considerada uma alternativa viável, já que os insiders conhecem melhor a cultura e as dinâmicas da organização.

T. Paul Thomas, ex-CEO de várias empresas e atual professor, ressalta que a empatia e a preocupação com a equipe são essenciais para o sucesso na liderança. Ele acredita que a motivação para ser um CEO deve vir do desejo de cuidar das pessoas, e não apenas da ambição pessoal.

Com o aumento das exigências e a diminuição do apetite por riscos, o futuro dos CEOs em série parece incerto, enquanto o modelo de liderança interna ganha força nas corporações.

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