16 de jul 2025
Embaixada dos EUA adota sistema de pagamentos brasileiro antes de críticas de Trump
EUA investigam Brasil por práticas desleais em relação ao Pix, enquanto taxas de visto aumentam em 148%. Tensão comercial se intensifica.

PIX — Foto: Reprodução / Banco Central do Brasil
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A embaixada dos Estados Unidos no Brasil, que anteriormente elogiou o sistema de pagamentos Pix como uma inovação, agora enfrenta um cenário tenso. O governo Trump iniciou uma investigação comercial alegando práticas desleais relacionadas ao Pix, enquanto o Brasil se prepara para um aumento de 148% nas taxas de visto.
Desde março do ano passado, a embaixada e os consulados americanos passaram a aceitar o Pix para o pagamento da taxa de solicitação de visto, destacando a tecnologia como parte do compromisso de melhorar os serviços. No entanto, a nova taxa que encarecerá a emissão de vistos pode levar os brasileiros a realizar transferências ainda mais volumosas via Pix.
Investigação e Implicações
O Escritório do Representante de Comércio dos EUA (USTR) incluiu o Pix em um relatório que aponta o Brasil como favorecendo sistemas de pagamento desenvolvidos pelo governo em detrimento de soluções de empresas americanas, como Google Pay e Apple Pay. A professora Ana Rosa Ribeiro de Mendonça, da Universidade Estadual de Campinas, defende que as ações do Banco Central do Brasil não são desleais, mas sim uma tentativa de regular o sistema financeiro.
A investigação não menciona diretamente o Pix, mas a preocupação dos EUA reflete o impacto que o sistema teve sobre gigantes do setor, como Mastercard e Visa. O Pix, introduzido em 2020, revolucionou o mercado de pagamentos no Brasil, desafiando o domínio das empresas tradicionais.
Tensão Comercial
A tensão entre Brasil e Estados Unidos é exacerbada pela política monetária do Federal Reserve, que tem elevado as taxas de juros, afetando economias globais. A postura do governo Trump pode ser vista como uma reação ao sucesso do Pix, que introduziu inovações como o Pix parcelado.
Além disso, a investigação pode servir como uma justificativa para decisões comerciais, como a taxação de 50% sobre importações brasileiras. A inclusão de queixas sobre desmatamento e produtos falsificados em São Paulo revela uma estratégia de argumentação que busca respaldar ações consideradas arbitrárias. A resposta do Brasil a essas alegações ainda está por vir, destacando as complexidades nas relações comerciais entre os dois países.


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