17 de jul 2025
Israel intensifica restrições de banho e pesca no mar de Gaza durante o verão
A proibição de acesso ao Mar Mediterrâneo agrava a crise humanitária na Faixa de Gaza, levando a população a enfrentar fome e sede extremas.

Pescadores palestinos tentam pescar com barcos a remo e varas de pescar na costa da Cidade de Gaza, enquanto prédios danificados e destruídos são vistos ao fundo (Foto: DAWOUD ABO ALKAS / AFP).
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O Exército de Israel intensificou a proibição de acesso dos palestinos ao Mar Mediterrâneo na Faixa de Gaza, medida que, embora já existente desde o início da guerra em outubro de 2023, agora é aplicada com rigor. O porta-voz das Forças Armadas, Avichay Adraee, alertou sobre os "riscos" de se aproximar do mar, sem especificar a duração da proibição. Essa ação agrava a já crítica crise humanitária na região, marcada por fome, sede e calor extremo.
A proibição do acesso ao mar, um dos poucos refúgios restantes para a população de Gaza, gera revolta entre os habitantes. Rajaa Qudeih, mãe de dois filhos, expressou sua angústia: "Estou literalmente tonta de fome, sede e calor. O mar era a única saída que restava." A situação é desesperadora, com mais de 90% da população deslocada, segundo a Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina (UNRWA).
Crise Humanitária Aprofundada
A escassez de água potável atinge 95% do enclave, com a infraestrutura hídrica em colapso. As usinas de dessalinização estão fora de operação, forçando os moradores a depender de caminhões-pipa, frequentemente indisponíveis. A proibição do acesso ao mar também compromete a higiene básica, aumentando os riscos de doenças e insolação.
Os pescadores, que antes sustentavam suas famílias com a pesca, foram severamente impactados. Desde o início do conflito, mais de 210 pescadores foram mortos. A guerra, que começou com um ataque do Hamas a Israel em 7 de outubro de 2023, resultou em 1.219 mortes israelenses, a maioria civis, e em pelo menos 58.026 mortes palestinas, segundo dados do Ministério da Saúde de Gaza. As Nações Unidas consideram esses números confiáveis, refletindo a gravidade da situação.
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