Tarifaço de Trump impulsiona inesperadamente a popularidade de Lula no Brasil

A corrida presidencial de 2026 no Brasil ganha novos contornos com a recente ameaça de tarifas de 50% sobre exportações brasileiras por parte do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Essa situação, que favorece o atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), ocorre em um cenário onde sua popularidade estava em queda e Jair Bolsonaro (PL) se posicionava como um rival forte.

A retórica de Trump, que se alinha com interesses de grandes empresas americanas, trouxe um impulso inesperado para Lula. O New York Times destacou que a postura do petista, que se apresenta como defensor da soberania nacional, ressoou positivamente nas redes sociais, reacendendo a esperança de seus apoiadores para uma nova vitória nas eleições. O lema "Brasil é dos brasileiros" se tornou um símbolo da resposta do governo à pressão externa.

Pesquisas recentes, como a da Genial/Quaest, mostram uma reversão na tendência de desaprovação do governo Lula, que caiu de 57% para 53%. A aprovação, por sua vez, subiu de 40% para 43%, marcando a primeira melhora na avaliação do governo desde julho de 2024. Além disso, a intenção de voto para Lula em um possível segundo turno também aumentou, com o percentual de brasileiros que desejam sua reeleição crescendo de 32% para 38%.

Impacto das Tarifas

O impacto das tarifas de Trump não se limita apenas à popularidade de Lula. A BBC News ressaltou que as medidas anunciadas repercutiram positivamente para o governo, enquanto a Reuters destacou que a ameaça de tarifas também afeta o sistema de pagamento Pix, amplamente utilizado no Brasil. A articulação do governo Lula em resposta a essa crise tem sido intensa, buscando desgastar Bolsonaro e seus aliados, associando-os à agressão contra os interesses brasileiros.

Com a aproximação das eleições, a situação política no Brasil se torna cada vez mais dinâmica. A combinação da pressão externa e a habilidade do governo em transformar essa adversidade em uma narrativa de defesa da soberania nacional pode ser crucial para o futuro político de Lula e suas chances de reeleição em 2026.