Bolsonaro se apresenta como vítima em meio a crise política e judicial

Jair Bolsonaro enfrenta novas investigações e teme prisão

Jair Bolsonaro, ex-presidente do Brasil, está sob investigação por crimes como coação e obstrução de Justiça, além de já ter sido denunciado pela Procuradoria-Geral da República por tentativa de golpe de Estado. Desde fevereiro, seu passaporte foi apreendido e ele expressou temor de ser preso, afirmando que está "no cadafalso".

Recentemente, Bolsonaro admitiu que repassou R$ 2 milhões para financiar seu filho, Eduardo, nos Estados Unidos, o que gerou novas complicações legais. A Procuradoria identificou mais três crimes cometidos nas últimas semanas, incluindo atentado à soberania. Os investigadores também levantaram a possibilidade de uma fuga iminente do ex-presidente.

Em declarações, Bolsonaro se posicionou como vítima de uma perseguição política, referindo-se ao ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, como seu algoz. Ele mencionou encontros com embaixadores, reforçando a suspeita de que está planejando uma saída do país. O ex-presidente passou duas noites na Embaixada da Hungria após a apreensão de seu passaporte.

A ofensiva judicial e as repercussões

A decisão de Moraes de autorizar novas buscas na residência de Bolsonaro foi acompanhada de uma citação do escritor Machado de Assis, que ressaltou a importância da soberania nacional. O ministro Flávio Dino comparou a pressão dos Estados Unidos sobre o Brasil a um sequestro, destacando que o governo Trump exige a impunidade dos golpistas em troca de apoio econômico.

Bolsonaro, que já estava em apuros desde fevereiro, agora enfrenta um cenário ainda mais complicado. A situação se agrava com a articulação de seu filho, que tentou envolver Donald Trump em uma estratégia para proteger o ex-presidente. A pressão sobre Bolsonaro aumenta à medida que as investigações avançam e novas evidências surgem.