EUA avaliam sanções contra autoridades brasileiras em resposta a ações políticas

O governo dos Estados Unidos suspendeu os vistos do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), e de outros ministros da Corte, além do procurador-geral da República, Paulo Gonet. A decisão foi anunciada na sexta-feira, 18, pelo secretário de Estado americano, Marco Rubio, e é uma resposta a ações judiciais em andamento no Brasil.

Entre os ministros afetados estão Luís Roberto Barroso, Edson Fachin, Dias Toffoli, Cristiano Zanin, Flávio Dino, Cármen Lúcia e Gilmar Mendes. A suspensão dos vistos ocorre em um contexto de crescente tensão entre o governo dos EUA e autoridades brasileiras, especialmente após a determinação de Moraes para que o ex-presidente Jair Bolsonaro use tornozeleira eletrônica.

A medida dos EUA se baseia na Seção 212 da Lei de Imigração e Nacionalidade, que permite restrições a indivíduos envolvidos em corrupção ou violação de direitos humanos. Em maio, Rubio já havia mencionado a possibilidade de aplicar a Lei Magnitsky contra autoridades brasileiras, o que indica um endurecimento da postura americana em relação a questões judiciais no Brasil.

A suspensão dos vistos coincide com um momento crítico para Bolsonaro, que enfrenta investigações e ações judiciais. A articulação internacional em torno do ex-presidente, liderada por seu filho, Eduardo Bolsonaro, busca reverter essas sanções e a pressão internacional sobre o governo brasileiro.