EUA proíbem entrada de aliados de Moraes e revogam vistos em nova medida

O governo dos Estados Unidos anunciou a revogação dos vistos do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), e de seus aliados, em resposta a alegações de "caça às bruxas" política contra o ex-presidente Jair Bolsonaro. A decisão foi divulgada pelo secretário de Estado, Marco Rubio, em 18 de agosto. Ele afirmou que as ações de Moraes violam direitos fundamentais, não apenas dos brasileiros, mas também de cidadãos americanos.

A medida ocorre após o deputado licenciado Eduardo Bolsonaro ter feito uma série de articulações em Washington, buscando punições ao ministro. Rubio destacou que o governo Trump responsabilizará estrangeiros que censuram a liberdade de expressão. A revogação dos vistos também se estende a familiares de Moraes, embora não tenha sido especificado quais outros ministros estão incluídos.

Contexto das Sanções

A revogação dos vistos é parte de um cenário mais amplo de tensões entre os EUA e o Brasil. Nos últimos meses, o governo Trump já havia imposto tarifas sobre produtos brasileiros, alegando que Bolsonaro estava sendo perseguido pelo STF. A família Bolsonaro condicionou a revogação dessas tarifas a uma anistia para os envolvidos nos ataques golpistas de 8 de janeiro.

Eduardo Bolsonaro, que enfrenta investigações no STF, elogiou a decisão americana e prometeu mais ações contra Moraes. Ele e aliados argumentam que o ministro tem ferido prerrogativas de empresas americanas e violado direitos humanos. A situação levanta questões sobre a soberania do Brasil e a atuação de seus representantes no exterior.

Repercussões e Implicações

A decisão de revogar os vistos de Moraes e seus aliados pode ter consequências significativas nas relações entre Brasil e EUA. O governo brasileiro já se manifestou, considerando a medida uma afronta ao Poder Judiciário e à soberania nacional. A ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, criticou a ação como uma violação das normas internacionais.

Além disso, a possibilidade de sanções financeiras contra Moraes, com base na Lei Magnitsky, está sendo avaliada pelo governo brasileiro. Essa lei permite que os EUA imponham restrições a autoridades envolvidas em violações de direitos humanos. A situação continua a se desdobrar, com repercussões que podem impactar a imagem do STF e do Brasil no cenário internacional.