21 de jul 2025
Mais de 20 países exigem fim imediato da guerra em Gaza e criticam Israel
Cerca de dois milhões de palestinos enfrentam fome e desnutrição extrema em Gaza, enquanto países pedem o fim imediato do conflito.

Crianças palestinas caminham em ruas cobertas por escombros de edifício atingido por ataques israelenses, na Cidade de Gaza (Foto: Bashar Taleb / AFP)
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O conflito entre Israel e Hamas, que se intensificou após o ataque do Hamas em 7 de outubro de 2023, resultou em uma grave crise humanitária na Faixa de Gaza. Cerca de 2 milhões de palestinos enfrentam condições extremas, com relatos de desnutrição e fome crescente. Um grupo de 24 países, incluindo Reino Unido e França, pediu o fim imediato da guerra, destacando o sofrimento civil.
Em um comunicado conjunto, os países signatários afirmaram que o sofrimento dos civis em Gaza atingiu novos níveis. A situação se agrava com a escassez de alimentos, que levou a 875 mortes de palestinos enquanto buscavam ajuda desde o final de maio. A Agência da ONU para Refugiados Palestinos (UNRWA) relatou que sua equipe recebe "mensagens desesperadas de fome" de Gaza.
A distribuição de ajuda humanitária tem sido criticada por sua ineficácia. Desde maio, um bloqueio severo impediu a entrada de suprimentos, e a ajuda que chega é controlada pela Fundação Humanitária de Gaza (GHF), que concentra a distribuição em poucos pontos. Esse modelo é considerado perigoso e alimenta a instabilidade, segundo os ministros. A ONU informou que mais de 800 palestinos foram mortos ao tentar obter alimentos, com 674 dessas mortes ocorrendo perto dos locais de distribuição da GHF.
Situação Crítica
O Ministério da Saúde de Gaza, sob administração do Hamas, anunciou que 18 pessoas morreram de fome em 24 horas. A crise de desnutrição afeta especialmente crianças, com cerca de 900 mil crianças enfrentando fome, das quais 70 mil estão em estado crítico. O diretor do Hospital al-Shifa, Mohamed Abu Salmiya, destacou que bebês estão sofrendo com a falta de leite, resultando em perda de peso e imunidade.
Os países que assinaram a declaração também exigem a libertação dos reféns detidos pelo Hamas e se opõem a qualquer iniciativa que vise modificar o território ou a demografia na região. A situação humanitária em Gaza continua a ser monitorada de perto pela comunidade internacional, que observa os desdobramentos do conflito e suas consequências.




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