01 de ago 2025
Datafolha revela que 55% rejeitam anistia por 8/1 e 35% a apoiam
Apoio à anistia a bolsonaristas diminui, enquanto Bolsonaro enfrenta crise internacional e restrições legais que complicam sua situação.

Bolsonarista quebra janela do Palácio do Planalto durante os atos golpistas do 8 de Janeiro (Foto: Gabriela Biló - 8.jan.23/Folhapress)
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Em 8 de janeiro de 2023, bolsonaristas vandalizaram as sedes dos três Poderes em Brasília, protestando contra a posse de Luiz Inácio Lula da Silva. A proposta de anistia aos envolvidos nesses atos tem gerado polêmica e é amplamente rejeitada pela população. Uma pesquisa recente do Datafolha indica que 55% dos brasileiros são contra a anistia, enquanto 35% a apoiam. Os números mostram uma leve queda no percentual de opositores em comparação a meses anteriores, quando 63% se manifestaram contra a ideia.
A pesquisa, realizada entre 29 e 30 de agosto, ouviu 2.004 pessoas e apresenta uma margem de erro de dois pontos percentuais. A queda no número de contrários à anistia coincide com a crescente mobilização do ex-presidente Jair Bolsonaro, que tem promovido atos em busca de apoio para sua causa. Atualmente, Bolsonaro enfrenta restrições legais, incluindo o uso de tornozeleira eletrônica, após ser identificado como um potencial fugitivo pelo ministro Alexandre de Moraes.
Crise Internacional
A situação de Bolsonaro se complica ainda mais com a crise internacional envolvendo seu aliado, Donald Trump. O ex-presidente dos Estados Unidos impôs tarifas de importação ao Brasil, alegando perseguição política a Bolsonaro. Essa repercussão negativa tem dificultado as chances de aprovação da anistia no Congresso. Além disso, Trump aplicou sanções contra Moraes, incluindo a perda do visto americano.
A possibilidade de anistia também é contestada por pré-candidatos à presidência, como o governador Tarcísio de Freitas, que já manifestou apoio à ideia, mas enfrenta a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, que tem se mostrado firme em casos relacionados a tentativas de golpe. Até o momento, a corte já condenou 480 réus em mais de 1.500 ações penais, com 155 pessoas ainda presas. A situação continua a evoluir, refletindo a complexidade do cenário político brasileiro.
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