Israel intensifica operações em Gaza para derrotar Hamas e libertar reféns

Israel intensifica operações em Gaza em busca de derrotar o Hamas

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, reafirmou a necessidade de "derrotar totalmente" o Hamas em Gaza, durante uma reunião de segurança nesta terça-feira, 5. A declaração ocorre em meio a uma escalada militar que já resultou em milhares de mortes desde o ataque do grupo em 7 de outubro de 2023.

Netanyahu enfatizou que a libertação dos reféns é uma prioridade, e que as operações militares devem se expandir para áreas onde os reféns podem estar detidos. Fontes da imprensa local indicam que o primeiro-ministro deseja que o Exército conquiste toda a Faixa de Gaza, incluindo zonas que foram evitadas anteriormente para não colocar os reféns em risco.

Pressão Internacional e Consequências Humanitárias

A ONU expressou preocupações sobre as consequências catastróficas de uma reocupação de Gaza, alertando que isso poderia agravar a já crítica situação humanitária. O Assistente do Secretário-Geral da ONU, Miroslav Jenča, pediu um cessar-fogo imediato e a liberação incondicional dos reféns, destacando que a ajuda humanitária é insuficiente.

A situação em Gaza é alarmante, com relatos de fome crescente e condições de vida inumanas. Desde o início da ofensiva israelense, mais de 61 mil palestinos foram mortos, a maioria civis, segundo dados do Ministério da Saúde local. A pressão sobre Israel aumenta à medida que imagens da crise humanitária se espalham pelo mundo.

Desdobramentos e Reuniões de Segurança

O gabinete de segurança de Israel se reunirá novamente no final desta semana para discutir as próximas etapas das operações. Apesar da pressão interna e externa, Netanyahu enfrenta resistência de alguns líderes militares que se opõem à reocupação. A situação dos 49 reféns capturados em 7 de outubro continua a ser uma preocupação central, com relatos de que 27 deles podem ter morrido.

Enquanto isso, a Defesa Civil de Gaza informou que os bombardeios israelenses resultaram em 68 mortes nesta terça-feira, com muitos civis atingidos enquanto buscavam ajuda. O órgão de defesa israelense, Cogat, anunciou a autorização para a entrada parcial de mercadorias em Gaza, na tentativa de aumentar a ajuda humanitária, embora a ONU considere que o volume atual é insuficiente para atender às necessidades da população.