Governo decide manter polêmicas no projeto de licenciamento ambiental
Lula decide até sexta feira sobre sanção ou veto ao projeto de licenciamento ambiental, com pressão por ajustes em pontos polêmicos

Lula durante reunião do Conselhão, no Itamaraty (Foto: Evaristo Sá - 5.ago.2025/AFP)
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva se reuniu nesta quarta-feira (6) com ministros e representantes da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) para discutir possíveis vetos ao projeto de licenciamento ambiental aprovado no Congresso. A proposta, que gerou controvérsia entre ambientalistas e setores como o agronegócio, inclui a criação da Licença Ambiental Especial (LAE) e da Licença por Adesão e Compromisso (LAC).
Lula tem até sexta-feira (8) para decidir sobre a sanção ou veto do texto. Auxiliares do presidente indicam que a decisão será política, considerando a alta polarização do tema e o impacto nas relações com o Congresso. A expectativa é de que não haja um veto integral, mas sim ajustes em pontos considerados mais polêmicos.
Os ministérios envolvidos já finalizaram a análise técnica do projeto e sugerem que a LAE e a LAC sejam mantidas, mas com modificações. A simplificação dos processos de licenciamento é vista como uma forma de aliviar a carga sobre os órgãos ambientais, que frequentemente enfrentam sobrecarga de trabalho.
Polêmicas e Propostas de Ajustes
Entre os pontos controversos, a LAC permite que empreendimentos de pequeno e médio porte sejam autorizados com base em compromissos do empreendedor em respeitar exigências ambientais. O governo estuda restringir essa licença a casos de baixo impacto, enquanto a LAE, que prioriza projetos estratégicos, pode ser mantida com mais etapas de avaliação.
A CNBB e o Ministério Público Federal expressaram preocupações sobre o projeto, alertando para possíveis retrocessos na proteção ambiental. A pressão da sociedade civil é intensa, com pedidos de veto integral a diversos artigos da proposta.
O governo busca um equilíbrio para evitar desgastes políticos e pretende apresentar um projeto de lei complementar ao Congresso, que deve ser apreciado em até 45 dias. A articulação será liderada pela ministra de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, visando garantir que as sugestões sejam discutidas antes da decisão final de Lula.
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