Belém se prepara para a COP 30 com dicas de hospedagem em meio à crise de imóveis

A COP 30, programada para ocorrer em Belém em dezembro de 2025, enfrenta uma crise de hospedagem sem precedentes, com aumentos de preços que chegam a 3.471%. Especialistas alertam que a alta demanda por leitos pode resultar em práticas abusivas e até golpes na locação.

Os preços das diárias superam os registrados em edições anteriores, como a COP26 e a COP27. Um hotel que cobrava R$ 70 em 2023 agora apresenta tarifas de até R$ 6,3 mil após rebatizar-se como Hotel COP 30. A Polícia Civil e o Procon do Pará ainda não receberam denúncias formais sobre abusos, mas a preocupação com os altos custos é evidente.

Aumento da Demanda e Dicas de Segurança

Com a expectativa de receber 50 mil pessoas, a região metropolitana de Belém tem apenas 24 mil leitos disponíveis. A corretora de imóveis Andréa Martins destaca que muitos proprietários estão tentando lucrar sem a estrutura necessária. Ela recomenda verificar a credibilidade do corretor, solicitar documentação e exigir contratos formais para evitar problemas.

A plataforma oficial da COP 30 oferece opções de hospedagem a partir de R$ 1,1 mil, mas muitos ainda consideram os preços elevados. O presidente da COP 30, André Corrêa do Lago, classificou os valores como "completamente abusivos" e afirmou que o governo busca soluções para a situação.

Alternativas e Perspectivas

Além de hotéis, o uso de cruzeiros, moteis e residências está sendo considerado para ampliar a oferta de leitos. A Diretoria de Proteção e Defesa do Consumidor do Pará recomenda que eventuais denúncias sobre abusos sejam formalizadas através do Disque-Denúncia ou da Delegacia do Consumidor.

O Instituto de Pesquisa da Amazônia defende a realização do evento em Belém, ressaltando a importância da cidade nas discussões climáticas. Contudo, a logística e os altos preços de hospedagem permanecem como temas centrais nas discussões sobre a COP 30.