16 de ago 2025
Defensoria Pública estuda ação judicial contra preços abusivos na hospedagem da COP 30
Defensoria Pública do Pará exige resposta de plataformas sobre preços abusivos em hospedagem para a COP 30 até segunda feira, 18

Exemplo de hospedagens em Belém para o período da COP30 (Foto: Reprodução)
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O Núcleo de Defesa do Consumidor (Nudecon) da Defensoria Pública do Pará emitiu recomendações a plataformas de hospedagem, como Airbnb, Decolar e Booking, devido ao aumento de denúncias sobre preços abusivos em diárias para a COP 30, que ocorrerá em novembro em Belém. As plataformas têm até segunda-feira (18) para responder às solicitações.
As recomendações incluem a suspensão de anúncios que apresentem preços superiores a três vezes a média da alta temporada do ano anterior. A Defensoria também analisa a possibilidade de ações judiciais contra as plataformas, caso as respostas não sejam satisfatórias. O coordenador do Nudecon, Cássio Bitar, destacou que algumas plataformas já sinalizaram a intenção de reduzir os preços.
Medidas e Respostas
As plataformas foram notificadas em conjunto com a Secretaria de Estado de Justiça, o Ministério Público do Pará (MPPA) e a Procuradoria-Geral do Estado. A Defensoria Pública também está considerando as diligências do Procon e um mapeamento contínuo das tarifas. Bitar afirmou que as respostas das plataformas serão fundamentais para futuras ações, incluindo a possibilidade de uma tutela coletiva.
As empresas, por sua vez, alegam que não têm controle sobre os preços praticados pelos anunciantes. Em notas, Airbnb, Decolar e Booking afirmaram que atuam apenas como intermediárias e que não podem excluir parceiros unilateralmente. No entanto, a Defensoria argumenta que existe uma relação de consumo que deve ser respeitada.
Contexto da COP 30
A COP 30 é um evento de grande relevância, e as hospedagens em residências representam 60% dos leitos disponíveis. O tema dos preços abusivos tem sido amplamente discutido em encontros entre autoridades, incluindo reuniões com representantes de países árabes e o governo do Pará. A Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon) também investiga práticas abusivas desde junho, reforçando a necessidade de um controle mais rigoroso sobre os preços das acomodações.
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