CotidianoSaúde

15 de ago 2025

Lítio pode revolucionar tratamento do Alzheimer, aponta pesquisa de Harvard

Estudo aponta que lítio pode reverter sintomas de Alzheimer em camundongos, levantando novas esperanças para tratamentos humanos.

Foto: Reprodução

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Um estudo da Universidade Harvard revela que a suplementação de lítio pode reverter sintomas de Alzheimer em camundongos, abrindo novas possibilidades para o tratamento da doença. Publicado na revista Nature, o trabalho mostra que indivíduos com Alzheimer apresentam menores concentrações de lítio nos tecidos cerebrais, sugerindo uma relação entre o metal e a doença.

Pesquisas anteriores já indicavam que o lítio, conhecido por seu uso em tratamentos psiquiátricos, poderia ter efeitos neuroprotetores. O novo estudo reforça essa hipótese ao demonstrar que a suplementação com orotato de lítio inibiu a formação de placas amiloides, características do Alzheimer, e reverteu o declínio cognitivo em camundongos. Em contraste, o carbonato de lítio, forma comum em medicamentos, não apresentou resultados significativos, possivelmente devido à sua interação com as placas.

Os pesquisadores analisaram tecidos cerebrais de idosos, incluindo aqueles com Alzheimer e declínio cognitivo leve. A única substância que variou entre os grupos foi o lítio, que estava presente em menor quantidade nos cérebros afetados. Curiosamente, o lítio encontrado nos cérebros com Alzheimer estava próximo das placas amiloides, levando os cientistas a especularem que essas placas poderiam "sugar" o metal, contribuindo para o declínio cognitivo.

Além disso, um estudo de 2024, que envolveu cientistas brasileiros, encontrou uma correlação entre regiões com água rica em lítio e menores taxas de demência. Embora os resultados sejam promissores, os pesquisadores alertam que os testes foram realizados em camundongos, e a extrapolação para humanos requer mais investigações. A suplementação de lítio deve ser feita com cautela, pois medicamentos à base do metal podem ter efeitos colaterais graves.

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