Idosos melhoram a cognição com o uso de tecnologias digitais
Estudo revela que tecnologia pode proteger a cognição de idosos, desafiando mitos sobre seus impactos negativos na saúde mental

A primeira geração de idosos que enfrentou, nem sempre com entusiasmo, a sociedade digital chega à idade em que o declínio cognitivo é mais comum (Foto: Sol Cotti/The New York Times)
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A relação entre tecnologia e saúde cognitiva em idosos está mudando. Estudos recentes indicam que o uso de dispositivos digitais pode reduzir o risco de comprometimento cognitivo e demência entre pessoas com mais de 50 anos. Essa descoberta desafia a visão negativa que predominou por anos, frequentemente associando a tecnologia a problemas de saúde mental.
A pesquisa, conduzida por neurocientistas da Universidade Baylor e da Universidade do Texas em Austin, analisou 57 estudos envolvendo mais de 411 mil idosos. Os resultados mostraram que aqueles que utilizavam tecnologia, como smartphones e computadores, apresentavam taxas mais baixas de comprometimento cognitivo em comparação aos que evitavam esses recursos. Quase 90% dos estudos revisados apontaram um efeito protetor da tecnologia sobre a cognição.
Os pesquisadores destacam que a tecnologia representa novos desafios que, se superados, podem trazer benefícios cognitivos. Michael Scullin, neurocientista, afirma que lidar com atualizações e resolver problemas tecnológicos pode ser mentalmente estimulante. Além disso, a tecnologia pode facilitar conexões sociais, essenciais para a saúde mental dos idosos.
Impactos e Desafios
Embora os benefícios sejam evidentes, a tecnologia também apresenta riscos. Fraudes online e desinformação são preocupações constantes, especialmente entre os mais velhos. Apesar disso, a proporção de idosos que desenvolvem demência tem diminuído, o que pode estar relacionado a fatores como maior escolaridade e engajamento social.
Os especialistas ressaltam que a tecnologia não deve substituir outras atividades saudáveis, como exercícios físicos e uma alimentação equilibrada. A análise sugere que, ao contrário do que se pensava, a integração digital pode ser uma aliada na luta contra o declínio cognitivo, promovendo um envelhecimento mais saudável e ativo.
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