Aluguel residencial cresce acima da inflação no acumulado de 2023, apesar da desaceleração

Depois de meses de forte aceleração, o mercado de locação residencial no Brasil apresenta sinais de desaceleração. Em maio, o aumento médio dos aluguéis foi de apenas 0,59%, bem abaixo das altas anteriores, segundo o Índice FipeZAP de Locação Residencial. Apesar disso, os preços ainda estão acima da inflação, impactando o orçamento dos inquilinos.

Os dados abrangem 36 cidades, incluindo 22 capitais. Os imóveis de um dormitório foram os que mais subiram, com alta de 0,85%, enquanto as unidades com quatro ou mais dormitórios tiveram leve queda de 0,01%. O IPCA, que mede a inflação oficial, subiu 0,26% em maio, enquanto o IGP-M recuou 0,49%.

Destaques Regionais

Campo Grande, Cuiabá e Curitiba foram as capitais que lideraram os aumentos em maio, com 2,85%, 2,56% e 1,20%, respectivamente. Em contrapartida, Manaus teve uma queda de 1,39%, seguida por Salvador e Aracaju, com baixas de 0,91% e 0,66%. No acumulado do ano, os aluguéis subiram 5,13%, superando a inflação de 2,75%.

Campo Grande se destacou com um aumento de 12,22% no ano, enquanto Brasília foi a única capital a registrar queda, com 1,99%. Nos últimos 12 meses, a alta acumulada foi de 12,03%, mais que o dobro do IPCA, que foi de 5,32%.

Preços por Metro Quadrado

Em maio, o preço médio do aluguel foi de R$ 48,96 por metro quadrado. Os imóveis de um dormitório alcançaram R$ 66,14, enquanto os de três dormitórios apresentaram o menor preço, de R$ 41,70. São Paulo continua sendo a cidade com o aluguel mais caro, a R$ 60,96 por metro quadrado.

A rentabilidade média anualizada dos aluguéis foi de 5,93%, abaixo da média de aplicações financeiras. Os melhores retornos foram em Manaus, com 8,41%, e os menores em Vitória, com 4,27%. Imóveis menores, especialmente os de um dormitório, continuam a oferecer as melhores rentabilidades, com retorno médio de 6,73% ao ano.