20 de jun 2025

Crescimento econômico aliado à responsabilidade fiscal traz benefícios duradouros
Crescimento do PIB é ofuscado por bloqueio orçamentário e aumento do IOF, gerando preocupações no setor privado e entre famílias endividadas.

Prédio do Ministério da Fazenda, em Brasília (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)
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O Brasil registrou um crescimento de 1,4% no PIB no primeiro trimestre de 2025 em comparação ao último trimestre de 2024, conforme dados do IBGE. Em relação ao mesmo período do ano anterior, o aumento foi de 2,9%, marcando a décima sétima taxa positiva consecutiva. Apesar dos números animadores, o deputado federal Júlio Lopes, presidente da Frente Parlamentar pelo Brasil Competitivo, alerta para os desafios que persistem.
O crescimento econômico ocorre em um contexto de bloqueio orçamentário de R$ 31,3 bilhões anunciado pelo governo para 2025. Desse total, R$ 7 bilhões virão de emendas de bancada e R$ 24 bilhões de cortes nas despesas dos ministérios. Além disso, foi informado um aumento de 3,5% no Imposto sobre Operações de Crédito (IOF), o que pode impactar negativamente tanto o setor privado quanto as famílias endividadas.
Lopes critica a decisão do governo, afirmando que não é justo punir o setor produtivo e os cidadãos comuns por falhas nas metas fiscais. O aumento do IOF, segundo ele, pode levar a um "shutdown" do setor privado, dificultando o acesso ao crédito em um cenário já marcado por 60% das famílias endividadas, conforme dados do Serasa.
Desafios Fiscais
A situação fiscal do Brasil é preocupante, com a agência de classificação de riscos Moody’s rebaixando a perspectiva de crédito do país de positiva para estável. O governo já havia sinalizado dificuldades para 2027, mas os desafios se intensificaram mais cedo. A combinação de juros altos e um câmbio elevado agrava a desconfiança do mercado sobre a capacidade do governo de manter as contas públicas em ordem.
Lopes enfatiza que a responsabilidade fiscal é crucial para garantir um crescimento sustentável. Ele destaca a importância de uma agenda de competitividade que inclua reformas estruturais e a redução do Custo Brasil, atualmente estimado em R$ 1,7 trilhão. O deputado defende que a equação é simples: não se pode gastar mais do que se arrecada, pois isso prejudica quem mais precisa.
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