01 de jul 2025

Cenário global favorece América Latina, afirma economista do Citi para emergentes
Citi destaca que a América Latina se beneficia de um dólar fraco e juros baixos nos EUA, com Argentina prevendo crescimento acelerado.

Johanna Chua, head global de economia para emergentes, e Leonardo Porto, economista-chefe para o Brasil, em evento do Citi em São Paulo (Foto: Citi/Divulgação)
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Os mercados da América Latina estão se beneficiando de um ambiente financeiro global mais favorável, conforme destacou Johanna Chua, economista do Citi, durante um evento em São Paulo. A combinação de um dólar mais fraco e a expectativa de juros baixos nos Estados Unidos favorece a região, especialmente Brasil e México. Chua afirmou que a estratégia de investimento do Citi ainda inclui esses países, além de Índia e Indonésia, onde há oportunidades em carry trade.
Apesar de um cenário econômico desafiador, com desacelerações em várias economias latino-americanas, Chua observou que o Brasil não está tão exposto às disputas comerciais globais. O México, por outro lado, pode sentir os efeitos da desaceleração da economia americana, embora uma resiliência nos EUA possa mudar rapidamente essa dinâmica.
Crescimento da Argentina
A Argentina se destaca como uma exceção positiva, com analistas prevendo uma aceleração em seu crescimento econômico. Chua enfatizou que a América Latina é sensível às condições externas, especialmente ao comportamento do dólar. Em períodos de enfraquecimento da moeda americana, a região tende a atrair mais fluxo de capital.
Chua também alertou que o equilíbrio atual depende da manutenção de uma política monetária branda pelo Federal Reserve. Um fortalecimento do dólar poderia reverter os fluxos de capital para a América Latina, afetando mais as economias que dependem de financiamento externo.
Impactos das Políticas Comerciais
A economista comentou sobre as políticas comerciais do governo de Donald Trump, afirmando que as tarifas e mudanças unilaterais continuarão a gerar instabilidade. Chua destacou que ainda há riscos de novas incertezas no cenário comercial global.
Além disso, a situação econômica da China foi abordada, com o Citi revisando para cima a projeção de crescimento do país asiático em 2025. No entanto, a China enfrenta desafios, como inflação baixa e dificuldades no setor imobiliário, que ainda podem impactar os mercados emergentes.
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