Economia

Setor de aviação enfrenta escassez de profissionais e busca soluções estratégicas

Setor aéreo enfrenta escassez crítica de mecânicos, com previsão de demanda crescente. Companhias investem em formação para suprir lacuna.

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O setor aéreo, em recuperação após a pandemia de COVID-19, enfrenta um desafio significativo: a escassez de mecânicos aeronáuticos. Airbus e Boeing alertam que serão necessários milhares de novos profissionais até 2043, com a Airbus prevendo a demanda de 1,6 mil mecânicos até 2025 na América Latina, representando 6% do total atual.

A escassez é resultado de profissionais que não retornaram ao setor após a pandemia, dificultando a reconstrução de uma força de trabalho qualificada. A demanda por viagens aéreas continua a crescer, impulsionada pelo aumento da classe média na região. A Airbus estima que o número de viagens per capita na América Latina aumentará de 0,48 em 2023 para 0,94 em 2043.

Crescimento da Demanda

A Boeing projeta que serão necessários 42 mil mecânicos até 2043, com dois terços para substituição e um terço para atender ao crescimento da frota comercial. Chris Broom, vice-presidente da Boeing, destaca que a demanda por novos profissionais está em alta devido à rotatividade e ao aumento do tráfego aéreo.

André Gonçalves da Cruz, vice-presidente técnico da Azul, aponta que o descasamento entre oferta e demanda é um problema histórico, agravado pela saída de técnicos experientes durante a pandemia. Ele observa que outras indústrias oferecem melhores condições, atraindo mecânicos para fora do setor aéreo.

Iniciativas das Companhias

No Brasil, a Latam prevê a necessidade de mil novos mecânicos até 2029, representando 40% do total atual. Alexandre Peronti, diretor de manutenção da Latam Brasil, afirma que a companhia abrirá 300 vagas em 2025 para atender ao crescimento e à nova infraestrutura.

Para enfrentar a escassez, a Latam criou uma escola de formação, com 70 vagas abertas para funcionários de outras áreas. A Gol também está enfrentando o desafio, com 70 vagas disponíveis, representando 4,7% do quadro atual. Fernando Miwa, diretor da Gol, acredita que a dificuldade de encontrar profissionais é cíclica, mas a formação continua sendo um desafio.

Além disso, a Airbus prevê uma mudança no perfil dos mecânicos, que precisarão operar tecnologias avançadas e lidar com grandes volumes de dados nos próximos 20 anos. Essa transformação exigirá novas competências, refletindo a evolução do setor aéreo.

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