Battle Royale e a inovação deste gênero no mundo dos jogos

Recentemente, a desenvolvedora FromSoftware lançou seu novo título: Elden Ring: Nightreign, um spin-off de Elden Ring com foco em uma jogabilidade mais casual e voltada ao modo multiplayer. A proposta pode surpreender os fãs mais saudosistas da empresa, acostumados com os RPGs no estilo ‘souls-like’ — marca registrada de seus lançamentos —, mas representa uma nova fase da desenvolvedora, que desde Sekiro busca inovar nos conceitos de jogos apresentados.

Mais do que a tentativa constante da FromSoftware de se reinventar, isso revela muito sobre o mercado atual de jogos, e sobre um gênero que, desde seu primórdio, marcou uma era no mundo dos jogos e a cada dia se reinventa mais: o Battle Royale.

Principais Características

Esse gênero se caracteriza por partidas multiplayer em que os jogadores entram em uma sessão — individualmente ou em grupo — e, após o início, são lançados de um ponto elevado, geralmente no céu, para sobrevoar o mapa e escolher o momento ideal para saltar e definir seu local de aterrissagem.

Ao finalmente aterrissarem, a ação finalmente começa, com cada jogador sem nenhum item, tendo que vasculhar o mapa através de recursos para se proteger e eliminar todos os outros oponentes espalhados pelo mapa até se tornar o último vivo e ganhar a partida. Para limitar isso, os jogos impõem uma ‘zona segura’ que vai diminuindo conforme o tempo da partida for passando, caso esteja fora desse campo, o oponente leva dano e pode acabar sendo eliminado, fazendo com que quanto mais tempo passe, mais o mapa se afunile e fique menor para os jogadores se encontrarem e guerrearem entre si.

Ao aterrissarem, a ação começa: todos os jogadores vão ao mundo sem itens e precisam vasculhar o mapa em busca de recursos para se proteger e eliminar os demais, com o objetivo de ser o último vivo. Para acelerar os confrontos, os jogos impõem uma 'zona segura' que encolhe com o tempo. Quem permanece fora dela sofre dano e pode ser eliminado, o que força os jogadores a se aproximarem à medida que o mapa se reduz.

Esse é o conceito principal do gênero: uma guerra entre oponentes lançados em um mapa sem recursos, onde o objetivo é ser o último sobrevivente. A partir dessa ideia simples, diversas desenvolvedoras tentaram aproveitar o auge desse estilo, cada uma apostando em inovações para atrair mais jogadores e transformar esse modelo em uma base para jogos mais diversos.

A criação e alta em popularidade

Antes de conhecer as diversas formas de como esse gênero se popularizou, é preciso voltar à sua origem, em 2000, não nos videogames, mas no cinema, com o filme japonês 'Battle Royale', adaptação do livro de mesmo nome. A obra apresentou a ideia de várias pessoas confinadas em um local, lutando entre si em um ambiente com recursos limitados — conceito que ganhou ainda mais força com o lançamento de 'Jogos Vorazes'.

Após isso, a ideia central dos Battle Royale estava consolidada, e em 2013 uma modificação do jogo DayZ, chamada 'PlayerUnknown', trouxe o conceito para os videogames. Com o lançamento oficial em 2017, a desenvolvedora Bluehole viu PUBG: Battlegrounds alcançar uma grande popularidade, estabelecendo definitivamente o gênero no mundo dos jogos.

Com o estilo já consolidado, diversos outros jogos foram lançados com esse conceito, como Fortnite, atualmente visto como principal neste meio, que combina combate com construção em tempo real para defesa. Com o tempo, surgiram outros títulos como Apex Legends, que se passa no mesmo universo de Titanfall e que traz personagens únicos com habilidades específicas, e Naraka: Bladepoint, que foca no combate corpo a corpo em vez de armas de fogo.

O Futuro destes jogos

Elden Ring: Nightreign é apenas um exemplo da diversidade que o Battle Royale pode oferecer ao longo do tempo. Por isso, algumas surpresas podem surgir e surpreender os jogadores, como ocorreu com este lançamento, abrindo caminho para novas formas de explorar esse estilo. A diversidade e a capacidade de inovação mantêm o Battle Royale relevante, mesmo com a queda na popularidade inicial, com o gênero sempre em evolução.