Hamilton de Holanda se destaca como ícone da música brasileira no mundo

Sob as luzes do Dizzy’s Club, em Nova York, Hamilton de Holanda lançou seu novo álbum, Hamilton de Holanda Trio — Live in NYC, gravado em outubro de 2024. O disco, que conta com a participação do saxofonista Chris Potter, destaca a fusão do choro com o jazz, criando uma experiência musical única.

Durante a apresentação, Hamilton convidou o público a vocalizar a melodia de sua composição Mantra da Criação, estabelecendo um diálogo envolvente. O álbum foi registrado ao longo de duas noites, com a colaboração de Thiago “Big” Rabello na bateria e Salomão Soares no teclado e sintetizadores. A combinação do saxofone de Potter com o bandolim de Hamilton resulta em uma sonoridade que mescla tradições brasileiras e americanas.

A Trajetória de Hamilton

Aos 49 anos, Hamilton de Holanda possui uma carreira de 43 anos, iniciada quando era apenas uma criança prodígio no programa Fantástico. Desde então, ele se tornou um dos mais virtuosos e inovadores músicos do Brasil, conhecido por adicionar duas cordas ao seu bandolim, transformando-o em um instrumento mais versátil. Essa mudança, ocorrida em 2000, visava permitir que o bandolim tocasse melodias e acordes simultaneamente.

Hamilton é um defensor do choro, tendo contribuído para a criação do Dia Nacional do Choro e fundado a primeira escola do gênero em Brasília. Com 15 indicações ao Grammy Latino e quatro vitórias, ele foi indicado ao Grammy americano pela primeira vez em 2025 com o álbum Collab.

Reconhecimento Internacional

No Lincoln Center, uma grande foto de Hamilton é exibida ao lado de uma do trompetista Dizzy Gillespie, homenageando sua contribuição à música. Em entrevista, ele afirmou: “A música não resolve todos os problemas do mundo, mas cabe o mundo inteiro em uma música.” Essa visão reflete seu papel como embaixador da música brasileira, levando o choro a palcos internacionais e conquistando admiradores ao redor do mundo.