10 de abr 2025
Teste de saliva pode revolucionar diagnóstico do câncer de próstata, afirmam cientistas britânicos
Cientistas britânicos desenvolveram um teste de saliva que identifica homens em risco de câncer de próstata, analisando 130 mutações no DNA. O estudo, publicado na revista New England Journal of Medicine, revelou que tumores agressivos foram detectados em homens que não apresentavam histórico familiar da doença. Apesar do potencial do teste, especialistas alertam que sua implementação clínica pode levar anos e ainda não há evidências de que ele salve vidas. O câncer de próstata causa cerca de 12 mil mortes anuais no Reino Unido, e a discussão sobre exames de rastreamento continua acirrada.
Foto:Reprodução
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Cientistas britânicos desenvolveram um teste de saliva que analisa 130 mutações no DNA para identificar homens em risco de câncer de próstata. O estudo, publicado na revista New England Journal of Medicine, revelou que o teste pode detectar tumores agressivos que poderiam passar despercebidos. Apesar dos avanços, a eficácia do teste em salvar vidas ainda não foi comprovada, e especialistas alertam que sua implementação pode levar anos.
Cerca de 12 mil homens morrem anualmente de câncer de próstata no Reino Unido. O aumento na demanda por exames preventivos se intensificou após o ciclista olímpico Chris Hoy revelar seu diagnóstico de câncer de próstata terminal. No entanto, a orientação sobre exames de rastreamento, como o PSA (que mede os níveis de antígeno prostático específico), tem sido questionada devido ao risco de mais danos do que benefícios.
O novo teste não busca sinais de câncer, mas sim mutações que podem aumentar o risco da doença. No estudo, homens entre 55 e 69 anos foram avaliados, e aqueles com maior risco foram encaminhados para biópsias e ressonâncias magnéticas. Dos 745 homens com pontuação alta, 187 foram diagnosticados com câncer, sendo que 103 apresentavam tumores de alto risco que não teriam sido detectados com os métodos atuais.
Embora o teste seja considerado promissor, especialistas como Dusko Ilic, da Universidade King's College London, afirmam que a detecção melhorou apenas modestamente. Além disso, a pesquisa focou em homens de ascendência europeia, e adaptações para outras etnias ainda estão em andamento. A equipe de pesquisa está avaliando a relação custo-benefício e o momento ideal para a aplicação do teste, que faz parte do estudo Transform, que busca aprimorar o rastreamento do câncer de próstata no Reino Unido.
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