Bobadilla pode ser punido por xenofobia e enfrenta nova investigação da Conmebol

O meia Damián Bobadilla, do São Paulo, enfrenta uma possível suspensão de quatro meses pela Conmebol após ser acusado de xenofobia durante um jogo da Libertadores. O incidente ocorreu na terça-feira, quando o lateral Miguel Navarro, do Talleres, relatou ter sido ofendido com a frase "venezuelano morto de fome" pelo jogador paraguaio.

Navarro, visivelmente emocionado, prestou depoimento no Juizado Especial Criminal após a partida, que terminou com vitória do São Paulo. A Polícia Militar tentou localizar Bobadilla no vestiário, mas ele já havia deixado o estádio. O jogador será convocado para depor, mas ainda não há data definida.

Contexto do Incidente

Este não é o primeiro caso de xenofobia na Libertadores deste ano. Em abril, o uruguaio Pablo Ceppelini foi punido por ofensas raciais, recebendo uma suspensão de quatro meses. A Conmebol investiga o caso de Bobadilla e analisará imagens e depoimentos para determinar as próximas ações.

Navarro, que registrou um boletim de ocorrência, destacou o apoio de colegas de equipe durante o incidente. Ele expressou sua indignação, afirmando que é lamentável que situações como essa ainda ocorram no futebol. O árbitro da partida, Piero Maza, não ouviu a ofensa, mas a situação gerou repercussão significativa.

Repercussão e Medidas

O São Paulo anunciou que tomará "medidas educativas" em resposta ao ocorrido. A investigação da Drade (Delegacia de Polícia de Repressão aos Delitos de Intolerância Esportiva) está em andamento, e a coletânea de depoimentos inclui testemunhas e jogadores do Talleres.

Bobadilla, que teve um início promissor na temporada, agora enfrenta um momento delicado em sua carreira. O caso levanta questões sobre a responsabilidade dos atletas como figuras públicas e a necessidade de um ambiente esportivo respeitoso. A repercussão do incidente poderá impactar não apenas a trajetória do jogador, mas também a imagem do São Paulo no cenário esportivo.