28 de mai 2025



Venezuelano do Talleres denuncia jogador do São Paulo por xenofobia em partida
Miguel Navarro, do Talleres, denuncia ofensas xenofóbicas de Damián Bobadilla durante jogo da Libertadores. Conmebol investiga o caso.
Foto:Reprodução
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O lateral-esquerdo Miguel Navarro, do Talleres, denunciou ofensas xenofóbicas durante a partida contra o São Paulo, realizada no Morumbi, pela Copa Libertadores. O incidente ocorreu na reta final do jogo, que terminou com a vitória do São Paulo por 2 a 1. Navarro alegou que o jogador paraguaio Damián Bobadilla o chamou de “venezuelano morto de fome”.
Em suas redes sociais, Navarro expressou sua indignação e afirmou que não se envergonha de suas raízes. "Queria eu ter, em minhas mãos, a solução da fome que vive meu país", escreveu, destacando a grave crise humanitária na Venezuela. O jogador registrou uma ocorrência na polícia e a Conmebol irá investigar o caso.
Repercussão do Incidente
A confusão começou aos 41 minutos do segundo tempo, quando jogadores se manifestaram contra Bobadilla. Navarro, visivelmente emocionado, foi convencido a continuar jogando pelo árbitro Piero Maza. Após o jogo, o lateral se mostrou reticente em comentar sobre o ocorrido, afirmando que Bobadilla sabe o que disse.
O técnico interino do Talleres, Mariano Levisman, e o lateral-direito Augusto Schott lamentaram a situação. Schott enfatizou a importância de discutir o racismo no futebol, afirmando que um companheiro estava muito triste com a situação. O Talleres também se manifestou em suas redes sociais, repudiando a discriminação.
Contexto e Consequências
O caso de Navarro é o segundo incidente de xenofobia na Libertadores deste ano. Em abril, o uruguaio Pablo Cepellini, do Alianza Lima, foi suspenso por ofensas a um adversário. A Polícia Militar informou que Bobadilla deve comparecer à Delegacia de Repressão aos Delitos de Intolerância Esportiva para prestar esclarecimentos.
O técnico do São Paulo, Luis Zubeldía, desconversou sobre o assunto em coletiva, preferindo focar na classificação do time. O incidente levanta questões sobre discriminação e respeito no esporte, especialmente em um país onde atos de xenofobia são considerados crimes.
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