26 de jun 2025

Risco de morte em balão supera o de avião e elevador, revela nova estatística
Após tragédias recentes, Anac exige regulamentação urgente para balonismo no Brasil, considerado atividade de alto risco.

Balão com 21 pessoas a bordo pegou fogo no dia 21 em Praia Grande (SC), sendo que oito delas morreram (Foto: SBTNews).
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Recentemente, o Brasil registrou nove mortes em dois acidentes com balões, levando a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) a classificar o balonismo como uma atividade de alto risco. O primeiro acidente ocorreu em Capela do Alto (SP) e o segundo em Praia Grande (SC), onde um balão pegou fogo, resultando em oito fatalidades.
Apesar de a probabilidade de morte em acidentes com balões ser considerada baixa, ela é mil vezes maior do que em quedas de avião e 6.000 vezes maior do que em acidentes com elevadores, segundo o professor Régis Varão, da Unicamp. Os dados revelam que, até então, o Painel de Ocorrências Aeronáuticas não registrava mortes em balonismo desde 2014.
Nos Estados Unidos, onde o balonismo é mais comum e regulamentado, a cada 100 mil voos, há uma morte. João Luna, especialista em segurança de aviação, destaca que a incidência de mortes em balões de ar quente é significativa, com 83% dos acidentes resultando em ferimentos graves ou fatais entre 2000 e 2011.
Necessidade de Regulamentação
A falta de regulamentação no Brasil é uma preocupação crescente. Após os recentes acidentes, a Anac anunciou que não há operações de balão certificadas para atividades comerciais. Valmar Gama, diretor da Abravoo, enfatiza que a natureza dos voos de balão, que dependem das condições climáticas, aumenta os riscos.
Empresários do setor já solicitaram ao governo federal medidas para regulamentar o balonismo turístico. A expectativa é que as tragédias recentes promovam mudanças significativas na fiscalização e na segurança da atividade. Gama ressalta que, na aviação convencional, cada componente é rigorosamente certificado, algo que ainda não ocorre no balonismo no Brasil.
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