18 de mai 2025


Crianças enfrentam abusos enquanto debate se concentra em bonecas, critica ex-secretário
A polêmica em torno dos bebês reborn ganha força com críticas sobre a atenção a esses objetos, enquanto crianças reais enfrentam violências no Brasil.
Foto:Reprodução
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Em meio à crescente popularidade dos bebês reborn, bonecas hiper-realistas que imitam recém-nascidos, o ex-secretário nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente, Ariel de Castro Alves, criticou a atenção dedicada a esses objetos. Ele enfatizou que a sociedade deve focar nas crianças reais que enfrentam diversas violências no Brasil. Recentemente, três projetos de lei foram protocolados na Câmara dos Deputados, abordando desde a proibição do atendimento a essas bonecas em instituições de saúde até a criação de programas de acolhimento para aqueles que desenvolvem vínculos afetivos com elas.
Alves destacou que, enquanto se discute a relevância dos bebês reborn, o Brasil enfrenta uma queda no número de nascimentos, atingindo o menor índice em quase 50 anos. Ele argumentou que as bonecas devem ser tratadas como objetos, sem direitos, e que a atenção legislativa deveria ser voltada para as crianças que realmente precisam de proteção e apoio. O advogado também mencionou que o país é um dos mais perigosos para a população infantil, com altos índices de negligência e violência.
Iniciativas e Polêmicas
Em contrapartida, iniciativas como o "Dia da Cegonha Reborn" foram aprovadas em algumas cidades, reconhecendo o trabalho das artesãs que criam essas bonecas. A Prefeitura de Campo Grande, por exemplo, utilizou os bebês reborn para promover uma campanha de vacinação contra a gripe. O programa "Brincando com o Bebê Reborn", lançado pelo prefeito de Sorocaba, Rodrigo Manga, visa permitir que crianças tenham acesso gratuito a esses brinquedos.
Além disso, o Tribunal Superior do Trabalho (TST) lembrou que os bebês reborn não garantem direitos como a licença-maternidade. Alves criticou a atenção dada a esses projetos, afirmando que eles podem ser mais uma forma de os parlamentares buscarem visibilidade sem abordar questões mais urgentes relacionadas à infância no Brasil. Ele concluiu que, se os bebês reborn servirem para ensinar cuidados com recém-nascidos, já terão cumprido uma função social.
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