Embraer e associações brasileiras rebatem acusações de investigação dos EUA
Embraer e governo brasileiro contestam investigação dos EUA sobre desmatamento e tarifas, destacando impacto econômico e inovação como o Pix

Embraer e empresas brasileiras se defendem das investigações abertas pelo Escritório do Representante Comercial dos Estados Unidos (USTR, na sigla em inglês) que acusa o Brasil de práticas ilegais de comércio. Na foto, o avião Embraer C-390 Millennium (tanque) (Foto: Marcos Corrêa/PR)
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O governo dos Estados Unidos, através do Escritório do Representante Comercial (USTR), iniciou uma investigação sobre práticas comerciais do Brasil, acusando o país de desmatamento ilegal e tarifas preferenciais injustas. A Embraer, uma das principais empresas afetadas, protocolou uma defesa, afirmando que as alegações são irrelevantes e que a companhia gera 12,5 mil empregos nos EUA.
Na defesa apresentada, a Embraer destacou que restrições às suas importações seriam prejudiciais aos interesses americanos. A empresa, que já opera nos Estados Unidos desde 1979, enfatizou que suas aeronaves transportam cerca de 100 milhões de passageiros anualmente, representando aproximadamente 10% do tráfego aéreo nos EUA. Apesar de ter sido excluída de tarifas de 50% impostas pelo governo Trump, a Embraer ainda enfrenta uma alíquota de 10%.
Defesa do Governo Brasileiro
O governo brasileiro também enviou sua defesa ao USTR, contestando as acusações e defendendo inovações como o sistema de pagamentos Pix. O USTR alega que o Brasil adota práticas que prejudicam empresas americanas, incluindo questões relacionadas ao acesso ao mercado de etanol e falhas na fiscalização de medidas anticorrupção. O governo brasileiro argumentará que o Pix é uma ferramenta competitiva e que as alegações de desmatamento devem ser contextualizadas com dados de superávit comercial entre os dois países.
Além da Embraer, várias associações brasileiras, como a Confederação Nacional da Agricultura e o Conselho dos Exportadores de Café do Brasil, também apresentaram suas defesas, considerando as investigações injustas. A Embraer, por sua vez, alertou que um cenário de tarifas zero poderia resultar em um déficit comercial de US$ 8 bilhões entre 2025 e 2030, dado que a empresa é uma grande importadora de produtos e serviços americanos.
Implicações da Investigação
A investigação do USTR é vista como uma estratégia para embasar tarifas e evitar contenciosos locais, complicando ainda mais as relações comerciais entre Brasil e Estados Unidos. O governo brasileiro tentará demonstrar que suas políticas comerciais são benéficas e que ir contra inovações como o Pix seria contraditório para os EUA. A expectativa é que a resposta do governo brasileiro, preparada por um grupo de trabalho do Itamaraty, traga novos argumentos para a defesa do país.
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