Centenas morrem em inundações devastadoras no norte do Paquistão

Inundações em Bishnoi, Paquistão, resultam em 314 mortes

As chuvas monçônicas devastaram a vila de Bishnoi, na província de Khyber Pakhtunkhwa, entre os dias 15 e 16 de agosto, deixando um rastro de destruição. Um dilúvio repentino causou a morte de 314 pessoas em toda a província, com 217 fatalidades registradas apenas em Buner, onde Bishnoi está localizada. Muitas pessoas ainda estão desaparecidas.

Os moradores relataram que, na manhã do dia 15, uma torrente de água, acompanhada de grandes rochas, invadiu a vila, destruindo casas e arrastando tudo em seu caminho. A área agora está repleta de escombros, e os esforços de resgate são dificultados pela falta de maquinário pesado. Israr Khan, um morador local, afirmou que "cada pedra pode esconder uma casa" e que muitos estão à procura de entes queridos sob os escombros.

A Autoridade Provincial de Gestão de Desastres informou que, desde o início da temporada de monções em junho, mais de 507 pessoas morreram em incidentes relacionados a chuvas em todo o Paquistão. A região montanhosa, especialmente Khyber Pakhtunkhwa, tem sido a mais afetada, com cerca de 650 mortes registradas até agora.

Resgate e Ajuda

Equipes de resgate, juntamente com militares, estão trabalhando para restaurar a ordem na área. Al-Khidmat e outras agências de ajuda estão distribuindo suprimentos e estabelecendo campos médicos. Apesar da tragédia, a solidariedade entre os moradores é evidente, com muitos se unindo para ajudar os afetados.

Em Buner, a situação é crítica. Sarwar Khan, um conselheiro local, destacou que 27 pessoas de sua vila ainda estão desaparecidas. A intensidade das inundações foi tão grande que as águas chegaram ao terceiro andar de alguns edifícios. Saeed Ahmad, um diretor de escola, conseguiu salvar quase 900 alunos ao evacuar a escola antes que as águas invadissem o local.

As previsões meteorológicas indicam que as chuvas continuarão até 21 de agosto, e várias áreas foram declaradas zonas de desastre. A situação é alarmante, e a comunidade enfrenta um longo caminho para a recuperação.