Verba da Saúde é transformada em emenda extra e contorna controle do STF
Governo Lula enfrenta pressão por falta de clareza na gestão de R$ 2,9 bilhões do Ministério da Saúde, reavivando críticas à transparência

O presidente Lula (PT) e os ministros da Saúde, Alexandre Padilha (PT), e da Secretaria de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann (PT) (Foto: Adriano Machado - 10.mar.25/Reuters)
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O governo Lula (PT) enfrenta críticas sobre a transparência na gestão de R$ 2,9 bilhões em repasses do Ministério da Saúde. Esses recursos, utilizados por parlamentares, levantam preocupações sobre a falta de critérios claros, semelhantes aos problemas da gestão anterior.
Desde maio, deputados e senadores têm indicado a destinação de verbas sem a devida transparência. O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, estabeleceu novas regras para transferências, mas a falta de clareza sobre quais parlamentares apadrinham cada repasse gera desconfiança. O ministério afirma que realiza análises técnicas, mas a ausência de informações detalhadas sobre os padrinhos políticos é alarmante.
As secretarias de saúde de São Paulo foram as mais beneficiadas, recebendo R$ 288,22 milhões. O Distrito Federal foi o menos favorecido, com apenas R$ 2,4 milhões. O ministro do STF, Flávio Dino, questionou o governo sobre a transparência desses repasses, que não seguem as exigências impostas para emendas parlamentares.
Parlamentares têm informado gestores municipais sobre a disponibilidade de recursos, mas muitos municípios alegam não ter solicitado apoio. A prática de utilizar verbas sem transparência, criticada na gestão de Jair Bolsonaro (PL), parece se repetir na atual administração. Auxiliares de Padilha defendem que as transferências visam atender políticas públicas prioritárias, mas a falta de rastreabilidade continua a ser um ponto de tensão.
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