STF toma decisões, mas emendas continuam sem moralização efetiva
Ministério da Saúde permite direcionamento de R$ 10,5 bilhões sem emendas, intensificando a falta de controle sobre os gastos públicos

Estátua da Justiça, em frente ao Supremo Tribunal Federal, e o prédio do Congresso Nacional ao fundo, em Brasília (DF) (Foto: André Borges/Folhapress)
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Recentemente, um esquema no Ministério da Saúde permitiu que deputados e senadores direcionassem R$ 10,5 bilhões em verbas sem a necessidade de emendas formais. Essa prática, revelada por investigações, levanta preocupações sobre a falta de transparência e debate nas aprovações.
Nos últimos anos, o aumento das emendas ao Orçamento foi impulsionado pelo enfraquecimento do Executivo e pela atuação de partidos no Congresso. O cenário se agravou com a fragilidade da coalizão do governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que se vê pressionado a atender às demandas do Congresso. O Supremo Tribunal Federal (STF) já havia imposto critérios de transparência, mas a nova prática no Ministério da Saúde parece driblar essas exigências.
Os parlamentares têm direcionado recursos para obras em seus redutos eleitorais, muitas vezes sem identificação clara do responsável pela despesa. A pasta da Saúde, que possui um orçamento anual de R$ 60 bilhões para gastos discricionários, é alvo da cobiça de partidos, especialmente do centrão. A ex-ministra Nísia Trindade enfrentou pressões significativas antes de ser substituída por Alexandre Padilha.
A recente aprovação de emendas de comissão pela Câmara, sem debate, evidencia a falta de controle sobre os gastos públicos. Essa situação exige um trabalho contínuo para reequilibrar as relações políticas e institucionais, além de restaurar a confiança na gestão dos recursos públicos.
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