Pais expõem crianças nas redes e alimentam risco de pedofilia; saiba como proteger
Prisão em Maricá expõe vulnerabilidade de crianças nas redes sociais e alerta para riscos de exposição de imagens por predadores online

Fotos postadas de crianças nas redes abastecem redes de pedófilos e abusadores (Foto: Editoria de Arte)
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A prisão de um homem em Maricá, na Região Metropolitana do Rio, por pedofilia, levantou preocupações sobre a segurança de crianças nas redes sociais. O suspeito utilizava fotos de crianças de perfis abertos para alimentar um círculo criminoso. Especialistas alertam que imagens de crianças em situações cotidianas são frequentemente sexualizadas por predadores.
Priscila Mota, advogada da família de uma das vítimas, relatou que uma vizinha encontrou a foto da filha no perfil do acusado e buscou ajuda. Apesar da prisão, o Instagram levou dois meses para remover o conteúdo, somente após intervenção do Ministério Público. O influenciador Felipe Bressanim Pereira, conhecido como Felca, destacou a adultização e a facilidade com que pedófilos acessam imagens de crianças nas redes sociais, pedindo aos pais que evitem expor seus filhos.
A delegada Rafaella Parca, da Polícia Federal, explicou que os criminosos utilizam essas imagens para criar perfis e aliciar outras crianças. Ela ressaltou que fotos de crianças em situações inocentes, como tomando sorvete ou engatinhando, são as mais procuradas. A juíza Vanessa Cavalieri, da Vara da Infância e Adolescência do Rio, alertou que mesmo imagens aparentemente inofensivas podem ser mal interpretadas por pedófilos.
Riscos da Exposição
Os especialistas recomendam que os pais evitem publicar qualquer imagem de crianças sozinhas, mesmo em perfis fechados. A delegada Parca mencionou que criminosos podem se infiltrar em círculos de amizade para acessar essas imagens. A ativista Sheylli Caleffi enfatizou que interagir com fotos de crianças desconhecidas pode contribuir para a exploração infantil.
Caleffi também destacou a dificuldade em remover imagens já postadas, sugerindo que os pais denunciem o conteúdo às redes sociais e busquem apoio jurídico se necessário. No caso de Maricá, a advogada enfrentou dificuldades para que o Instagram retirasse as imagens, mesmo após a prisão do suspeito.
Um projeto de lei em tramitação no Congresso pode facilitar a remoção de conteúdos que violam os direitos de crianças e adolescentes, responsabilizando as redes sociais a agir rapidamente. A Meta, dona do Instagram, afirmou que não tolera conteúdos de exploração sexual e que implementa medidas para proteger menores.
A crescente facilidade com que pedófilos acessam imagens de crianças nas redes sociais é alarmante. Especialistas reiteram que a melhor forma de proteger as crianças é evitar a publicação de fotos e vídeos que possam ser mal interpretados, promovendo uma cultura de segurança online.
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