Política

Especulação machista sobre rivalidade entre Michelle e Janja gera polêmica

Aliados de Lula e Jair Bolsonaro especulam sobre Janja e Michelle como candidatas à presidência, mas isso ofusca a real necessidade de mulheres com trajetórias sólidas na política.

Foto:Reprodução

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Aliados de Lula e Jair Bolsonaro têm especulado sobre as primeiras-damas, Janja e Michelle, como possíveis candidatas à presidência. Essa discussão surge em meio a incertezas sobre as candidaturas dos dois líderes, com Bolsonaro enfrentando questões legais que o tornam inelegível.

A ideia de que Michelle Bolsonaro poderia assumir a candidatura já circula há algum tempo. Inicialmente, Jair demonstrava resistência à proposta, proibindo pesquisas internas que incluíssem o nome da ex-primeira-dama. Contudo, a postura do ex-presidente mudou, e ele agora parece apoiar a ideia, o que revela um machismo enraizado em sua liderança. Essa mudança de atitude sugere que apenas alguém que se submeta a seus desígnios receberá seu apoio.

Por outro lado, a especulação sobre Janja Lula da Silva como candidata é mais recente e carece de fundamento. Lula está apto a concorrer novamente e, caso essa ideia avançasse, ele precisaria renunciar ao mandato, o que desmereceria sua conquista histórica de ser o primeiro presidente eleito três vezes pelo voto direto. Surpreendentemente, aliados de Lula têm alimentado essa narrativa, realizando até pesquisas para avaliar a popularidade de Janja.

Impacto na Política

Essas especulações sobre um cenário Janja x Michelle prejudicam a discussão sobre a presença feminina na política. Existem diversas mulheres com trajetórias sólidas em diferentes partidos que poderiam ser preparadas para candidaturas sérias. A ideia de que apenas as esposas de líderes políticos possam ser candidatas reforça o personalismo caudilhista que permeia a política brasileira.

A postura de Bolsonaro, que sempre priorizou sua imagem e a de sua família, é compreensível, mas não deve ser replicada por Lula. O presidente deve instar seus aliados a focar em questões mais relevantes, especialmente em um momento de crises significativas. A sucessão do lulopetismo deve priorizar a formação de lideranças que possam dialogar com o eleitorado e ampliar a representação política, sem cair na armadilha do mandonismo patriarcal.

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