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Avós da Praça de Maio buscam apoio da UE contra desmonte de Milei

Delegação das Abuelas de Plaza de Mayo busca apoio da União Europeia para continuar a identificação de crianças sequestradas na Argentina.

Foto:Reprodução

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Uma delegação das Abuelas de Plaza de Mayo se reunirá com autoridades da União Europeia em Bruxelas nesta segunda-feira, 19, para solicitar apoio internacional. O encontro ocorre em um contexto de desmonte das políticas de memória e direitos humanos promovido pelo governo do presidente Javier Milei.

As Abuelas têm como missão localizar crianças sequestradas durante a ditadura militar argentina (1976-1983). Durante esse período, estima-se que mais de 500 bebês foram entregues a famílias de militares que desejavam adotá-los. A organização utiliza testes de DNA para identificar essas vítimas. Até o momento, 139 pessoas já foram encontradas, mas muitas ainda desconhecem suas verdadeiras origens.

Claudia Poblete, uma das encontradas por sua família biológica, destacou que o principal objetivo da viagem é “explorar novas formas de financiamento para continuar a busca”. Ela enfatizou que “há centenas de pessoas entre 45 e 49 anos que poderiam estar em qualquer lugar do mundo, até mesmo na Europa, e que não têm ideia de que foram sequestradas quando crianças”.

Desafios Atuais

A viagem das Abuelas ocorre após um apelo internacional de Estela de Carlotto, fundadora do grupo. Desde que Milei assumiu o poder, cortes em órgãos responsáveis pela investigação dos crimes da ditadura têm sido implementados. O Banco Nacional de Dados Genéticos e equipes de análise de arquivos militares enfrentam reduções significativas.

Organizações de direitos humanos denunciam uma tentativa de apagar a memória dos crimes de Estado. No Arquivo Nacional de Lembrança, metade da equipe de investigação foi demitida sob a administração atual. Além disso, agências como o Registro Central de Vítimas do Terrorismo de Estado e a Comissão de Identidade Nacional também sofreram cortes.

Horacio Pietragalla, ex-secretário de Direitos Humanos e filho de desaparecidos, afirmou que “a busca precisa continuar”, pois “há mais de 250 pessoas que não sabem que são filhos de desaparecidos, e muitas delas vivem hoje na Europa”.

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