Política

Líderes criticam estratégia do 'nós contra eles' e alertam para danos ao governo

Líderes do Congresso alertam que postura de Lula pode inviabilizar gestão e dificultar aprovação de pautas essenciais.

Plenário da Câmara vota projeto que derruba decreto do IOF (Foto: Brenno Carvalho / Agência O Globo)

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Líderes da Câmara e do Senado criticam a postura do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que adota a narrativa de "nós contra eles". Eles alertam que essa abordagem pode prejudicar a gestão e dificultar a aprovação de pautas essenciais, como a isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil e a PEC da Segurança.

O clima de instabilidade entre o Planalto e o Congresso se intensificou após a derrubada do decreto que aumentava o IOF. Para os líderes, essa confrontação, somada à judicialização do decreto, pode inviabilizar a administração de Lula. O líder Doutor Luizinho (PP-RJ) destacou que desrespeitar decisões do Congresso é um erro grave.

Petistas com maior diálogo com partidos de centro compartilham a preocupação de que, se a situação continuar, Lula "colecionará derrotas". Eles sugerem que o governo deve buscar apoio de pelo menos 32 deputados para garantir uma base sólida na Câmara. Na recente votação sobre o IOF, apenas 98 deputados apoiaram o presidente.

Aliados de Lula, que mantêm diálogo com o Centrão, mencionam uma "desorganização total" na articulação do governo. Eles apontam a baixa entrega de emendas e a necessidade de mudanças nos ministros que ocupam cargos na Esplanada. O líder do PDT, Mario Heringer, que deixou a base governista, enfatizou a importância do diálogo para evitar a imobilização do país.

Pautas em Foco

Na próxima semana, a Câmara dos Deputados incluirá na pauta um requerimento de urgência para um projeto de lei que propõe cortes de benefícios tributários, de autoria do senador Espiridião Amin (PP-SC). Essa manobra indica que o Congresso prioriza pautas fiscais de iniciativa parlamentar, em vez de propostas do governo.

Parlamentares relataram que o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), demonstraram irritação com o que consideraram uma tentativa do Planalto de transferir o desgaste político. Alcolumbre acusou ministros de Minas e Energia e da Casa Civil de promover uma narrativa anti-Congresso, evidenciando a necessidade de uma negociação madura entre os poderes.

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