28 de jun 2025

Governo intensifica retórica de divisão social enquanto busca alianças para 2026
Governo Lula intensifica discurso de "ricos contra pobres" para garantir apoio do Centrão e evitar desgaste nas negociações eleitorais.

Não gostam de mim porque mandamos um projeto de lei ao Congresso isentando quem ganha até R$ 5 mil de pagar imposto de renda (Foto: Cláudio Kbene/ PR)
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Diante da crescente tensão entre o governo de Luiz Inácio Lula da Silva e o Congresso, a recente derrubada do aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) acendeu um alerta no Palácio do Planalto. Auxiliares do presidente afirmam que a estratégia será pragmática, buscando esfriar os ânimos e retomar o diálogo com os parlamentares. O foco é evitar a perda de apoio dos partidos do Centrão, essenciais para a aprovação de pautas eleitorais.
O governo pretende intensificar o discurso de "ricos contra pobres" em relação às mudanças tributárias, uma abordagem que visa reforçar a imagem de Lula como defensor dos mais necessitados. A isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil por mês, promessa de campanha, é vista como crucial para a base eleitoral em 2026. A avaliação no Planalto é que não cumprir essa promessa pode resultar em desgaste significativo.
Além disso, a administração busca evitar que partidos como PSD, União Brasil e MDB se afastem, já que isso poderia fortalecer a oposição. Aliados de Lula trabalham para que essas legendas se declarem independentes, mantendo alianças regionais com o PT. No entanto, há vozes dentro do governo que defendem um embate político mais incisivo, considerando a questão da justiça fiscal um campo fértil para o debate.
A situação se complica com a judicialização da derrubada do IOF, que pode acirrar ainda mais os ânimos no Congresso. Líderes partidários expressam preocupação com a deterioração das relações, apontando que a falta de diálogo pode imobilizar o país. O deputado Mario Heringer (PDT) alerta que é hora de buscar o bom senso entre as partes.
Enquanto isso, o governo aguarda um gesto dos presidentes da Câmara e do Senado, Hugo Motta e Davi Alcolumbre, para retomar as negociações. A expectativa é que a relação entre o Executivo e o Legislativo possa ser restabelecida, mas a pressão aumenta à medida que as eleições se aproximam.
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